22 de março de 2014

Pistola que alvejou João Paulo II é enviada à Polônia



O Papa João Paulo II foi atingido em 13 de maio de 1981, enquanto percorria a Praça São Pedro de papamóvel, no Vaticano

Rádio Vaticano 

“Um objeto de violência e de morte que pode contar a luta pela vida e tornar-se um sinal de perdão”. Com estas palavras, o chefe do Departamento de Administração Penitenciária (DAP), Giovanni Tamburino, ilustrou o valor simbólico da entrega da pistola usada por Ali Agca para alvejar o Papa João Paulo II na Praça São Pedro, em 13 de maio de 1981. A arma foi entregue em empréstimo na última segunda-feira, por um período de três anos, ao Padre Dariusz Ras, Diretor da Casa Família de Karol Wojtyla, em Wadowice, na Polônia.

A Browning HP, calibre 9 Parabellum, matrícula 76C23953, é uma verdadeira arma de guerra guardada na sede do Museu de Criminologia do DAP. “Existe uma relação de profundo afeto e amizade entre a Itália e a Polônia – recordou Tamburino – e esta arma é um sinal negativo, de violência, mas testemunha também o perdão que o Papa deu ao seu agressor. A história – salientou – é preservada e deve constituir um momento de reflexão, mesmo nos seus aspectos negativos, para que o homem possa evoluir e evitar de cair nos mesmos erros e na banalidade do mal”.

O vaticanista Franco Bucarelli, observou que “esta pistola é proveniente de um armeiro em Zurique. O ‘Lobo cinzento’ Ali Agca mirou a cabeça do Pontífice, mas encontrou-se diante de uma criança, Sara Bartoli, que João Paulo II pegou nos braços. Então apontou a arma para atingir os intestinos, pois sabia que uma vez atingido, a morte viria em seguida”.

Padre Ras, por sua vez, explicou que “a Browning é um objeto que conta uma história terrível, mas no final, fala da vitória da vida e do sofrimento do Papa. No Museu Midiático de Wadowice – acrescentou – será exposta como objeto emblemático, que no entanto, não diz o final da história”.

O Museu da Casa de Família de João Paulo II de Wadowice, que será inaugurado em 9 de abril, contará ainda com outro “presente”, vindo desta vez da Direção do Policlínico Gemelli. O Diretor do hospital, Maurizio Guizzardi e o Responsável pelas Relações Exteriores, Giorgio Menenschincheri, anunciaram a doação da cama, da mesa de cabeceira e dos móveis do quarto do hospital que por cinco vezes acolheu o Papa vindo do Leste europeu.

20 de março de 2014

“Eu tenho um dom e estou aqui para dá-lo a vocês”: jovem freira italiana surpreende o mundo em concurso musical


ROMA, 20 Mar. 14 / 12:38 pm (ACI).- Na audiência a cegas da versão italiana do concurso de talentos “The Voice”, uma freira católica italiana de 25 anos surpreendeu o mundo e, sobretudo os jurados do concurso, interpretando uma música pop. Sor Cristina, uma religiosa ursulina de origem Siciliana conseguiu fazer que os 4 jurados virassem suas cadeiras para acrescentá-la às suas equipes e afirmou que foi ao concurso animada pelo convite do Papa Francisco de sair das igrejas e conventos para evangelizar e pelo desejo de compartilhar com o mundo o seu dom.

Ao virarem suas cadeiras e se depararem com uma freira, os jurados não podiam acreditar nos seus olhos. O júri, composto pelos cantores italianos J-Ax, Noemi, Piero Pelù e Raffaella Carrà, foi unânime em destacar absolutamente surpresos a energia e beleza da voz de irmã Cristina que cantou o sucesso “No One”, da americana Alicia Keys.

Boquiaberta, a cantora Raffaela Carrà perguntou: “Você é uma freira de verdade?”
“Sou uma freira verdadeiríssima”, respondeu Suor Cristina.

Carrà, famosa em todo o mundo pela sua longa carreira musical, prosseguiu: “Mas como você terminou vindo aqui? O que deu em você?”
“Eu tenho um dom e estou aqui para dá-lo a todos vocês”, respondeu sorridente a freira.

Ainda surpresa Rafaella Carrà perguntou: “E o que você acha que o Vaticano vai achar de sua participação no ‘The Voice’?”

Com muito bom humor a Ir. Cristina disse: “Eu acho que receberei uma ligação do Papa Francisco! Ele mesmo tem-nos convocado a sair das igrejas e dos conventos para evangelizar... É por isso que estou aqui, para mostrar que Cristo não nos tira nada, Ele nos dá ainda mais”.
A reação foi um caloroso e longo aplauso do público.

Após uma juventude de rebeldia contra a Igreja, a Irmã Cristina Scuccia converteu-se em um musical feito na sua paroquia e decidiu tornar-se membro das Irmãs Ursulinas da Sagrada Família de Milão, cidade onde vive atualmente. Antes de tomar sua decisão vocacional, a jovem ficou dividida entre continuar seus estudos universitários de Belas Artes ou entrar no convento. Logo ela encontrou na música, cantando na Igreja, a forma de evangelizar e compartilhar seu talento artístico.

A freira havia se proposto a unir-se a time do primeiro jurado que virasse a sua cadeira para ela, e após o insistente convite de todos os quatro membros do júri, ela escolheu o rapper J-Ax.
Visivelmente emocionado, o cantor brincou: “Se eu tivesse conhecido você e visto você cantar quando eu ia à missa de criança, eu teria continuado até virar Papa!”.

Assim, Ir. Cristina passou à seguinte fase do `The Voice Italy 2’. Antes do evento, como de costume no concurso, ela partilhou em um videoclipe que foi animada pelas suas superioras a participar do evento e ao receber o convite da produção, afirmou: “Agora esta é minha missão”.

A irmã, depois do percurso tradicional de discernimento realizou seu noviciado no Brasil, onde veio a confirmar que a música era seu instrumento para evangelizar e sustenta-la na sua missão de ajudar crianças de rua.

“A música me ajudou a entrar em contato com as crianças, e redescobri o canto como forma de louvar o Senhor e como uma exigência da minha alma para usa-lo como instrumente para tocar seus corações”, contou a religiosa ao site Credere.it.

13 de março de 2014

O que é a transverberação?

Por várias vezes na história, serafins com flechas incandescentes visitaram as almas amantes de Cristo. Afinal, de que se trata esse fenômeno místico experimentado por homens da estirpe de São Francisco de Assis, Santa Teresa de Jesus e São Pio de Pietrelcina?


1 ano de bênçãos!


10 de março de 2014

Óbulo de São Pedro

Uma prática muito antiga que chega até os nossos dias.

Nasceu com o próprio cristianismo a prática de sustentar materialmente aqueles que têm a missão de anunciar o Evangelho, a fim de poderem entregar-se inteiramente ao seu ministério, tomando cuidado também dos mais necessitados (cf. Actos dos Apóstolos 4, 34; 11, 29).

No final do século VIII, os anglo-saxões, depois da sua conversão, sentiram-se tão ligados ao Bispo de Roma que decidiram enviar, de maneira estável, um contributo anual ao Santo Padre. Assim nasceu o "Denarius Sancti Petri" (Esmola para São Pedro), que rapidamente se espalhou pelos países europeus. 

Esta prática - como outras semelhantes aliás - passou por muitas vicissitudes diversas ao longo dos séculos até que foi consagrada pelo Papa Pio IX através da sua Encíclica Saepe venerabilis, de 5 de Agosto de 1871.

Esta coleta realiza-se atualmente em todo o mundo católico, coincidindo na sua maior parte com o dia 29 de Junho ou o domingo mais próximo da Festa dos Apóstolos São Pedro e São Paulo.

O Óbolo de São Pedro nos dias de hoje.

No primeiro ano do seu pontificado, o Papa Bento XVI houve por bem pôr em relevo o significado particular do Óbolo com estas palavras:

«O “Óbolo de S. Pedro” é a expressão mais emblemática da participação de todos os fiéis nas iniciativas de caridade do Bispo de Roma a bem da Igreja universal. Trata-se de um gesto que se reveste de valor não apenas prático, mas também profundamente simbólico enquanto sinal de comunhão com o Papa e de atenção às necessidades dos irmãos; por isso, o vosso serviço possui um valor retintamente eclesial» (Discurso aos Sócios do Círculo de São Pedro, 25 de Fevereiro de 2006).

O valor eclesial do referido gesto resulta claro quando se pensa que estas iniciativas de caridade são conaturais à Igreja, como o Papa acenou na sua primeira Encíclica Deus caritas est (25 de Dezembro de 2005):

«A Igreja nunca poderá ser dispensada da prática da caridade enquanto atividade organizada dos crentes, como aliás nunca haverá uma situação onde não seja precisa a caridade de cada um dos indivíduos cristãos, porque o homem, além da justiça, tem e terá sempre necessidade do amor» (n.º 29).

Trata-se de uma ajuda que é sempre animada pelo amor que vem de Deus:

«Por isso, é muito importante que a atividade caritativa da Igreja mantenha todo o seu esplendor e não se dissolva na organização assistencial comum, tornando-se uma simples variante da mesma. (…) O programa do cristão – o programa do bom Samaritano, o programa de Jesus – é “um coração que vê”. Este coração vê onde há necessidade de amor, e actua em consequência» (Ibidem, n.º 31).

* * *

Já os Sumos Pontífices anteriores tinham chamado a atenção para o Óbolo como forma de os crentes apoiarem o ministério dos sucessores de São Pedro ao serviço da Igreja universal. Assim se exprimira, por exemplo, o Papa João Paulo II:

«Conheceis as crescentes necessidades do apostolado, as carências das Comunidades eclesiais especialmente em terras de missão, os pedidos de ajuda que chegam de populações, indivíduos e famílias que vivem em precárias condições. Muitos esperam da Sé Apostólica uma ajuda que, muitas vezes, não conseguem encontrar noutro lugar.
Vistas assim as coisas, o Óbolo constitui uma verdadeira e particular participação na ação evangelizadora, especialmente se se consideram o sentido e a importância de partilhar concretamente as solicitudes da Igreja universal» (João Paulo II ao Círculo de São Pedro, 28 de Fevereiro de 2003).

As ofertas que os fiéis dão ao Santo Padre destinam-se a obras eclesiais, a iniciativas humanitárias e de promoção social, e também para a sustentação das atividades da Santa Sé. E o Papa, enquanto Pastor da Igreja inteira, preocupa-se também com as necessidades materiais de dioceses pobres, institutos religiosos e fiéis em graves dificuldades (pobres, crianças, idosos, marginalizados, vítimas de guerras e desastres naturais; ajudas particulares a Bispos ou Dioceses em necessidade, educação católica, ajuda a refugiados e migrantes, etc.).

O critério geral, que inspira a prática do Óbolo, remonta à Igreja primitiva:

«A base primeira para a manutenção da Sé Apostólica deve ser constituída pelas ofertas dadas espontaneamente pelos católicos de todo o mundo, e eventualmente também por outras pessoas de boa vontade. Isto corresponde à tradição que tem origem no Evangelho (Lc 10,7) e nos ensinamentos dos Apóstolos (1 Cor 11,14)» (Carta de João Paulo II ao Cardeal Secretário de Estado, 20 de Novembro de 1982).

Para mais informações:

Departamento do Óbolo de São Pedro
tel.:(+39) 06.6988.4851
fax.:(+39) 06.6988.3954

5 de março de 2014

Campanha da Fraternidade de 2014


Oração da Campanha da Fraternidade de 2014

Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo
e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados.
Fazei que experimentem a libertação da cruz 
e a ressurreição de Jesus.

Nós vos pedimos pelos que sofrem
o flagelo do tráfico humano.
Convertei-nos pela força do vosso Espírito,
e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos.

Comprometidos na superação deste mal, 
vivamos como vossos filhos e filhas,
na liberdade e na paz.

Por Cristo nosso Senhor.

AMÉM!


Significado do cartaz

1-O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.

2-Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra, na parte superior do cartaz, expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.

3-As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior.

4-A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos. (Fonte: CF 2014).