24 de junho de 2013

Decreto de Indulgências para a JMJ 2013

D E C R E T O

DA PENITENCIARIA APOSTÓLICA

com o qual concede-se o dom das Indulgências por ocasião
[Rio de Janeiro, 22-29 de julho de 2013]

SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO

DECRETO

Concede-se o dom das Indulgências por ocasião da «XXVIII Jornada Mundial da Juventude», que será celebrada no Rio de Janeiro durante o corrente Ano da Fé.

O Santo Padre Francisco, desejando que os jovens, em união com as finalidades espirituais do Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, possam obter os esperados frutos de santificação através da «XXVIII Jornada Mundial da Juventude», que será celebrada de 22 a 29 do próximo mês de Julho no Rio de Janeiro e que terá por tema: «Ide e fazei discípulos de todos os povos (cf. Mt 28, 19)»,durante a Audiência concedida a 3 de Junho passado ao subscrito Cardeal Peninteciário-Mor, manifestando o coração materno da Igreja, do Tesouro das satisfações de nosso Senhor Jesus Cristo, da Bem-Aventurada Virgem Maria e de todos os Santos, concordou que os jovens e todos os fiéis adequadamente preparados pudessem usufruir do dom das Indulgências como segue:

a. — concede-se a Indulgência plenária, que pode ser obtida uma vez por dia nas habituais condições (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo a intenção do Sumo Pontífice) e também aplicadas como sufrágio pelas almas dos fiéis defuntos, para os fiéis verdadeiramente arrependidos e contritos, que com devoção participarem nos ritos sagrados e nos exercícios piedosos que se realizarão no Rio de Janeiro.

Os fiéis legitimamente impedidos, poderão obter a Indulgência plenária contanto que, obedecendo às condições espirituais, sacramentais e de oração habituais, com o propósito de submissão filial ao Romano Pontífice, participem espiritualmente nas funções sagradas nos dias determinados e sigam os mesmos ritos e exercícios piedosos enquanto se realizam, através da televisão ou do rádio ou, sempre com a devoção devida, através dos novos meios de comunicação social;

b. — concede-se a Indulgência parcial aos fiéis, onde quer que se encontrem durante o evento todas as vezes que, com o ânimo contrito, pelo menos elevarem fervorosas orações a Deus, concluindo com a oração oficial da Jornada Mundial da Juventude e invocações devotas à Bem-Aventurada Virgem Maria, Rainha do Brasil, sob o título de «Nossa Senhora da Conceição Aparecida», além dos outros Padroeiros e Intercessores do mesmo evento, a fim de que estimulem os jovens a reforçarem-se na Fé e a levarem uma vida santa.

Depois, a fim de que os fiéis possam participar com mais facilidade destes dons celestes, os sacerdotes, legitimamente aprovados para a escuta das confissões sacramentais, com ânimo pronto e generoso se prestem a recebê-las e proponham aos fiéis orações públicas, pelo bom êxito da «Jornada Mundial da Juventude».

O presente Decreto tem validade para este evento. Não obstante qualquer disposição contrária.

Dado em Roma, na sede da Penitenciaria Apostólica, a 24 de Junho, ano do Senhor de 2013, na solenidade de São João Baptista.

Manuel Card. Monteiro de Castro Penitenciário-Mor
Mons. Krzysztof Nykiel Regente

21 de junho de 2013

Nota da CNBB sobre as manifestações no Brasil

Os bispos manifestam "solidariedade e apoio às manifestações, desde que pacíficas, que têm levado às ruas gente de todas as idades, sobretudo os jovens". A presidência da CNBB apresentou a Nota em entrevista coletiva e o documento foi aprovado na reunião do Conselho Permanente concluída na manhã desta sexta-feira, 21 de junho.

Leia a Nota:

Ouvir o clamor que vem das ruas

Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília de 19 a 21 de junho, declaramos nossa solidariedade e apoio às manifestações, desde que pacíficas, que têm levado às ruas gente de todas as idades, sobretudo os jovens. Trata-se de um fenômeno que envolve o povo brasileiro e o desperta para uma nova consciência. Requerem atenção e discernimento a fim de que se identifiquem seus valores e limites, sempre em vista à construção da sociedade justa e fraterna que almejamos.

Nascidas de maneira livre e espontânea a partir das redes sociais, as mobilizações questionam a todos nós e atestam que não é possível mais viver num país com tanta desigualdade. Sustentam-se na justa e necessária reivindicação de políticas públicas para todos. Gritam contra a corrupção, a impunidade e a falta de transparência na gestão pública. Denunciam a violência contra a juventude. São, ao mesmo tempo, testemunho de que a solução dos problemas por que passa o povo brasileiro só será possível com participação de todos. Fazem, assim, renascer a esperança quando gritam: “O Gigante acordou!”

Numa sociedade em que as pessoas têm o seu direito negado sobre a condução da própria vida, a presença do povo nas ruas testemunha que é na prática de valores como a solidariedade e o serviço gratuito ao outro que encontramos o sentido do existir. A indiferença e o conformismo levam as pessoas, especialmente os jovens, a desistirem da vida e se constituem em obstáculo à transformação das estruturas que ferem de morte a dignidade humana. As manifestações destes dias mostram que os brasileiros não estão dormindo em “berço esplêndido”.

O direito democrático a manifestações como estas deve ser sempre garantido pelo Estado. De todos espera-se o respeito à paz e à ordem. Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência. Quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva que leva ao descrédito.

Sejam estas manifestações fortalecimento da participação popular nos destinos de nosso país e prenúncio de novos tempos para todos. Que o clamor do povo seja ouvido!

Sobre todos invocamos a proteção de Nossa Senhora Aparecida e a bênção de Deus, que é justo e santo.

Brasília, 21 de junho de 2013
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

2 de junho de 2013

Cristo, o Pelicano

Por que comparar Jesus Cristo a um pelicano?

Durante a Idade Média, existia a lenda de que o pelicano, diante da necessidade de alimentar as suas crias, bicava seu peito com a intenção de que sangrasse e assim os filhotes seriam alimentados pelo seu sangue. Outra lenda nesse sentido é que, vendo sua prole estava morta, o pelicano deixa seu sangue jorrar sobre a cria falecida devolvendo a vida.

Assim também Cristo age em nós: a Eucaristia é o nosso alimento. Seu Sangue nos devolveu a vida que o pecado tirou. “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo” (1 Pedro 1,18-19). É o Sangue do Senhor que é derramado pela remissão dos nossos pecados, para que reatemos a amizade de filhos de Deus com o nosso Pai.

Oração

Pie pellicáne Jésu Domine,
Me immundum munda túo sánguine,
Cújus una stílla sálvum fácere
Tótum múndum quit ab ómni scélere.

Tradução

“Senhor Jesus, bondoso pelicano,
Lava-me, eu que sou imundo, em teu sangue
Pois que uma única gota faz salvar
Todo o mundo e apagar todo pecado.”

Canção

Fiel Pelicano (Toca de Assis)