18 de setembro de 2011

Caça ao tesouro no jardim

Algumas pessoas nascem para ser especiais. São elas as responsáveis pelo “puxão de orelha” nos que se dizem “perfeitos”. É na diversidade da criação que contemplamos a grandeza de Deus. O fato de portar alguma necessidade especial não apaga a assinatura do Criador em sua criatura, ela também foi desenhada com amor e apresso.

Ser diferente não é motivo de exclusão, mas sim de praticar o amor ao próximo. Aprendo na vida que conversamos não só com palavras. Quem me ensina isso são pessoas que tenho a graça de conhecer. Um cego reconhece você pelo toque. Um surdo te escuta olhando em seus olhos e lendo seus lábios. Com quem está a deficiência nestes casos? Eu que me digo “perfeito”, não sou capaz de ler os lábios e muito menos reconhecer pelo toque. 

Ensina-nos a Igreja Católica, em seu Catecismo, que:

§1936 Quando nasce, o homem não dispõe de tudo aquilo que é necessário ao desenvolvimento de sua vida corporal e espiritual. Precisa dos outros. Aparecem diferenças ligadas à idade, às capacidades físicas, às aptidões intelectuais ou morais, aos intercâmbios de que cada um pôde se beneficiar, à distribuição das riquezas. Os "talentos" não são distribuídos de maneira igual.

§1937 Essas diferenças pertencem ao plano de Deus; Ele quer que cada um receba do outro aquilo que precisa e que os que dispõem de "talentos" específicos comuniquem seus benefícios aos que deles precisam. As diferenças estimulam e muitas vezes obrigam as pessoas à magnanimidade, à benevolência e à partilha. Essas diferenças motivam as culturas a se enriquecerem mutuamente.

Olhe para os irmãos com necessidades especiais não com um olhar de pena, mas sim como uma caça ao tesouro. Busque neles os talentos que falta em você. Um jardim somente é belo pois há diversidade nas plantas e, todos nós, somos flores do lindo jardim de Deus.

Um abraço fraterno,

Allan Fantinato
Equipe Turma do Crisma

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