2 de novembro de 2012

Rezar nos cemitérios


Na maioria das vezes, as pessoas só procuram um cemitério quando algum ente querido ou conhecido passou dessa para melhor. Ou para pior! Quem o sabe? 

O mais engraçado ainda, é que diante do corre-corre da vida, a maioria se esquece de visitar seus familiares falecidos. O que mais chama a atenção é o fato das pessoas se esquecerem de visitá-los ou até mesmo, de rezarem por eles. 

Pensam que depois da morte, tudo acaba. Se esquecem que na realidade tudo começa. É o Paraíso, para os verdadeiros filhos de Deus. É o Purgatório para os menos bons! Ou a perda eterna para os maus e impenitentes!

Ainda assim, fico imaginando que nos milhões de lares do mundo inteiro, aqueles que participavam do nosso dia-a-dia, e que morreram, por muitos foram já apagados ou deletados da memória. E como esquecem fácil!

Caminhando e rezando pelos cemitérios de algumas cidades, observo que fora da época de finados poucas pessoas freqüentam aqueles locais Santos.Uns não vão por medo, outros por tola superstição, outros por preguiça e a maioria por nunca ter entendido o quão sublime é rezar pelas almas. 

Quando muito, e que já se observa nos finados, às pessoas levam consigo um punhado de flores e depositam no local. E após relembrar as datas de falecimento dos parentes, pelas placas ali colocadas, simplesmente partem para a jornada da vida, sem ao menos, recitar umas breves orações. 

Nem uma só Ave Maria sai de seus lábios. Quando somente a oração adianta! Porque as flores murcham, o túmulo suja novamente, mas as orações ficam para sempre. Poucos, muito poucos, são os que rezam pelas almas do Purgatório, isso quando todo católico tem isso por obrigação. 

Enquanto se está no cemitério é motivo de demonstrar tristeza, após a saída pelos portões, eis que retorna a alegria, esquecendo-se de tudo. É como se observa nos velórios na maioria das vezes: muitos choram ali diante do falecido, mas porque deixaram de amá-lo em vida. Choram porque ficaram devendo amor a eles. Choram de remorso, coisa que aos poucos também passa. Será que passa? 

Nos velório é assim: o sujeito chega sério e de óculos escuro, cumprimenta alguns presentes apenas meneando a cabeça. E tem ares de quem carrega as dores da perda. Depois parte em direção ao local onde está o falecido. 

Após alguns segundos em silencio ao lado do corpo inerte, suspira profundamente e segue indo até os parentes, para o tradicional “meus sentimentos”. Será que ele fez uma prece pelo falecido? 

Depois, saindo dali e já no lado de fora do velório, vemos o mesmo sujeito, sorrindo todo feliz, óculos escuros - já viram que os que não rezam vão de óculos pretos? - na meia altura da cabeça e entre os cabelos, narrando episódios do futebol, do carro, do churrasco preparado para o fim de semana, sobre a piada que ouviu numa viagem, entre outras coisas mais. E riem como se nada tivesse acontecido!

E o pobre finado foi esquecido! E tantas vezes esquecido para sempre. Pensam que o falecido, deles não mais necessita, pois era um homem bom, sem defeitos, cuidava bem dos filhos e da esposa, além do mais, não saía da igreja. 

Ledo engano. Julgamento antecipado. Ato em si, que só cabe a Deus. Bom sim, mas pode estar ainda no Purgatório, e sofrendo horrores lá! Um sofrimento que pode se acentuar ainda mais a cada pessoa que chega ali perto do corpo e nem reza. Mas é somente disso que ele precisava! Claro, tantas vezes ele sofre, porque seu procedimento em vida foi igual. 

Será mesmo que as pessoas se esquecem tão rapidamente do pai e da mãe que os criaram ou de um irmão ou irmã, que partilharam tantas coisas juntos? O que realmente pensam? Que seu dia não irá chegar? 

É triste o abandono. E porque abandonam? Ao menos um pensamento a cada dia pelos falecidos, como isso ajuda e mantém em nós a chama da lembrança, da saudade e da oração. Quantos passam anos, décadas, sem lembrarem dos seus que partiram!

Estamos chegando à época de finados. Já pensaram nas orações que serão feitas nos cemitérios deste mundo? Nas Missas que serão oferecidas em sufrágio das almas? Mas não somente pagar a espórtula: deve se assistir a Missa pessoalmente, e acima de tudo em estado de graça. 

Quem sabe você fará uma semana ou até um mês de comunhão diária em favor dos falecidos? É bom pensar nisso: Nossas orações salvam muitas almas! É como pede Nossa Senhora, “Mãe do Universo” 

Qual será o nosso verdadeiro sacrifício em favor das almas? Terá você coragem de pegar um terço nas mãos e sair rezando alto dentro do Cemitério? Com muita gente ali observando? Jesus, maria, José: eu vos amo, salvai almas!...

Convém lembrar que os tempos são finais. Que a Torre precisa cair e cairá ainda este ano. E que o purgatório precisa estar vazio. Pois a batalha vem e todas as almas dos falecidos devem estar no céu, para nos ajudarem nos momentos mais difíceis que em breve virão. Onde estão as almas de seus parentes? Somente as que já estão no céu terão força maior de ajudar os familiares vivos.

Pensem um pouco mais nisso tudo! Porque tudo aquilo que você hoje faz em prol das almas dos falecidos reverterá para si mesmo em graças e bênçãos na hora da morte e depois dela. Pois certamente Deus suscitará corações generosos que virão rezar por você. Nos cemitérios!

Façam um sacrifício pelas almas com toda a família reunida em oração, em visitas aos cemitérios. Se não reunir condições, faça-o sozinho. Lembre que estas visitas livram almas, que lhes serão eternamente gratas. Porque um minuto de Purgatório pode ser mais terrível do que um ano de dores terrenas. O Purgatório é espantoso! 

Chame os amigos, os vizinhos, e terço na mão, vamos cumprir a missão. Sabemos que tudo é difícil. Assim, tomo emprestado certo trecho da carta de um amigo que em oração dizia a Jesus Cristo o seguinte: 

Preciso levar mais pessoas comigo! Mas é tudo tão difícil! Como é difícil converter alguém! Seria bom estarmos aqui, com muitas outras pessoas! Na verdade, já estivemos aqui com muitas outras pessoas, mas muitas delas passaram ... e não voltaram mais... 

Ajudai-me, Jesus, a não chorar... Ajudai-me a caminhar: Preciso encontrar os perdidos! Mas, muitas vezes tenho pensado: 
Eu também preciso me reencontrar! Ajuda-me, Jesus! 

Um pouco mais de amor, devoção e carinho, não nos falta! Vamos? 

Rezemos pelo purgatório, pois as almas pedem socorro! E quanto mais santos houver no Céu, mais o Céu terá forças para ajudar a terra! Não vamos aos cemitérios, porém como um mero ato social, nem apenas com as mãos cheias de flores. Levemos antes as flores das nossas orações! Dos nossos corações!

Podem ter certeza absoluta: quem tem um parente falecido, e vai apenas visitá-lo no dia de finados, melhor que nem fosse! É cinismo puro! Claro que a alma não está ali, mas seu corpo sim, a espera da ressurreição. Mas neste dia, Deus permite aos falecidos que cheguem à beira dos túmulos para verem quem dos seus vem visitá-lo. E isso os deixa felizes, mesmo os do Céu!

Muita gente pergunta o motivo porque devemos ir rezar nos cemitérios, e são outros tantos que dizem – pela boca do maligno – que não devemos ir lá rezar. E os motivos são muitos, e são motivos santos: 

Vejamos dois: 

1 – Os cemitérios são campos santos, e locais de recolhimento interior e de meditação. Ali se podem obter inumeráveis graças, e graças que salvam. Ali nós podemos meditar na finitude de nossa vida.

2 – Muitas almas, especialmente aquelas que nunca rezaram pelas almas, e que nunca foram rezar nos cemitérios, recebem de Deus a permissão de irem a certos cemitérios receberem orações: se ninguém via lá rezar, elas permanecem no sofrimento. É uma espécie de castigo para elas: porque não fizeram em vida, agora não acham quem reze por elas! 

A história de uma mãe rica, que tinha cinco filhos, mas somente os ensinou a ganhar dinheiro, nunca a rezar. Menos ainda a rezar pelos falecidos. Pois esta mãe morreu, e São Miguel lhe disse na hora de levá-la ao Purgatório: vais ficar aqui durante 100 anos, por nunca ter ensinado teus filhos a rezar. Mas ganharás 10 anos de demissão de pena, a cada visita de um de seus filhos. Ela estava há 10 anos lá, e nenhum dos filhos havia retornado ao cemitério para ali rezar um pouco. E assim são milhares de casos, e no mundo inteiro. 

E pergunto: que acontecerá com estes, na hora em que partirem? Certo é que a mãe pagou pelo menos metade da culpa deles, entretanto ninguém pode alegar diante de Deus que não sabia que devemos rezar pelos que falecem. Este é um procedimento natural de todo católico e é parte da comunhão dos santos. Uns debem rezar pelos outros, porque ninguém se salva sozinho.

Vamos então, pelo menos nos primeiros oito dias do próximo mês, procurar ir aos cemitérios rezar pelas almas, dos nossos parentes falecidos e de tantos outros pelos quais ninguém reza. Falo em rezar, e não apenas em ir lá num ato social. Isso além do mais ofende a Deus! E não ajuda alma alguma! Mas segundo os números que temos, é isso que acontece com 93% das pessoas que visitam cemitérios em finados. Sua visita é social, e não salva nenhuma alma.

Meditemos nisso: nosso Purgatório será tão mais breve, quanto mais rezamos pelas almas! Onde? Nos cemitérios!

Que Deus vos abençoe.

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