"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam" (Salmos 23, 4).
Somente a Deus é reservado o direito de recolher a vida de sua criação humana. Entretanto, somos pegos com tristes notícias de irmãos que atentam contra a própria vida (CIC 2281) e até contra a vida de outros (Ex 23, 7). Fica a pergunta diante de tais situações: Como devemos reagir diante da morte?
A Santa Igreja Católica em seu Catecismo nos ensina que:
A morte é o fim da peregrinação terrena do homem, do tempo de graça e misericórdia que Deus lhe oferece para realizar a sua vida terrena segundo o plano divino e para decidir o seu destino último. Quando acabar “a nossa vida sobre a terra, que é só uma” (LG 48), não voltaremos a outras vidas terrenas. “Os homens morrem uma só vez” (Heb 9, 27). Não existe “reencarnação” depois da morte (CIC 1013).
Pois bem, fim da peregrinação terrena do homem. Estamos aqui de passagem. Não somos “donos” da vida humana, nascemos pela explosão de Amor de um Deus Vivo. Tudo o que existe foi feito para você e para mim. Assim como um pintor espalha a tinta com cuidado em sua tela, o nosso Pai “pintou” tudo o que está à sua volta, inclusive as pessoas que você ama para que desfrutem junto contigo a beleza da criação até o dia que a morte chegará.
Ela não é injusta, somente é uma porta. O que pode ser "injusto" é como passamos por esta porta. Nunca devemos culpar o Senhor por acidentes, injustiças humanas, tragédias naturais e semelhantes. Ora, se Deus é Amor, como permitiria tais fatos? Somos livres em Cristo Jesus. Mas é na liberdade que o mundo prega que erramos e buscamos as “desculpas” para julgarmos Deus como um “monstro mau”. Nunca na sua história Deus vai te impedir de fazer algo. Nunca! Ele mostra o caminho certo em nossa liberdade e estende a Mão, cabendo-nos a escolha da vida (Dt 30,19). E o que vemos? A escolha da morte.
Foi através do pecado que a morte entrou no mundo (Rm 5, 12) mas, o instinto humano quer vida. Isso é de Deus! Há uma diferença entre o medo da morte e o medo de morrer. O cristão não deve temer a morte. São Francisco de Assis em seu leito exclamou: “Bem-vinda sejas, irmã minha, a morte!”. O medo de morrer nos afasta das situações de risco.
No céu, "Deus enxugará as lágrimas dos seus olhos, e a morte não existirá mais, nem haverá mais luto, nem pranto, nem fadiga, porque tudo isso já passou" (Ap 21,4). É nesta promessa que devemos crer. A morte é o caminho da Vida Eterna junto ao Criador e a Igreja Celestial.
Quando na Vontade do Senhor a irmã Morte vier fazer uma visita, não se desespere. "O desespero opõe-se à bondade de Deus, à sua justiça - porque o Senhor é fiel as suas promessas - e à sua misericórdia" (CIC 2091). Temos o direito de ficarmos tristes, sim! Até Jesus chorou (João 11, 35). Mas, sempre firmes na Misericórdia Divina.
Diante da notícia da morte, a gênese de nossas lágrimas só poderá vir de duas emoções: saudade ou remorso. O choro da saudade será o remédio para alma que amou. Já o choro do remorso, o ácido para um perdão não dado. "O coração chora de acordo com seu amor" (Santa Catarina de Sena).
“Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a morte corporal, da qual nenhum vivente pode escapar” (São Francisco de Assis)
Diante de tudo que foi exposto e de suas experiências, pense: o que sentirei se "tal" pessoa partisse para os braços do Pai neste momento?
Allan Fantinato
Equipe Turma do Crisma
E sempre muito interessante passear por aqui.
ResponderExcluirFico contente quando percebo que ha muitas pessoas como eu que gostam de divulgar as obras de Deus.
Ficarei muito contente com sua visita.
um grande abraço.