18 de julho de 2013

Cristãos são mais perseguidos na China, afirma padre

A China é o país onde o Cristianismo é mais perseguido. "Lá a Igreja está silenciosa como nos primeiros momentos, das catacumbas. Os cristãos vivem escondidos, não podem revelar que são cristãos. Nunca a Igreja foi tão perseguida como em nossa época”. Foi o que afirmou o representante da “Ajuda a Igreja que Sofre” (AIS) no Brasil, padre Evaristo Debiasi. 

O sacerdote relata que a perseguição aos cristãos chineses é de tal forma intensa que, nos seminários, formadores e seminaristas, trabalham durante o dia e se escondem à noite. Os sacrários onde são conservadas as hóstias consagradas, conta o padre, precisam ser camufladas em caixas de bebidas, como forma de disfarçar a fé dos católicos na presença de Jesus na Eucaristia.

Segundo padre Evaristo, nos países onde estão presentes os muçulmanos radicais extremistas, os cristãos também são proibidos de manifestar a fé em Jesus. O mesmo acontece em algumas regiões da África e na Síria. “Não pense que a Igreja do Brasil é a Igreja do mundo. O Brasil ainda é um paraíso. Tomara que nunca cheguemos aos sofrimentos que vivem outros países onde o Cristianismo é perseguido. Afinal, Jesus é claro na última bem-aventurança: 'haverão de perseguir também vocês' (cf. Mt 5, 11-12)", afirmou o padre.

Analisando a fé dos cristãos brasileiros, padre Evaristo diz que no país a perseguição acontece, mas de forma diferente de outros lugares do mundo. "No Brasil, a perseguição é através do desvio dos valores, do vazio da vida e da perversidade social. É a pior das perseguições, matando a fé, a esperança e os valores, por novelas totalmente decadentes e uma vida liberalista, totalmente sem ética e sem vida".

Para o padre, esta é a forma mais maquiavélica do demônio agir na atualidade. "Agir com rosto de simpatia, mas matando a fé, matando Jesus na esperança dos corações". Esse tipo de perseguição, segundo o padre, engana e desvia do caminho de Deus, o que de certo modo a torna pior do que a perseguição que fere o corpo.

A evangelização da AIS

A Ajuda a Igreja que Sofre é uma instituição católica que auxilia os cristãos em diversas partes do mundo. Segundo o site da organização, hoje, são mais de 145 países assistidos, com cerca de cinco mil projetos que visam ajudar os necessitados.

Um dos projetos da AIS pretende distribuir cerca de 42 milhões de Bíblias infantis, traduzidas para 168 nações. De acordo com o padre Evaristo Debiasi, investir na evangelização das novas gerações é dar esperança ao mundo. Para ele, o anúncio do Evangelho deve acontecer de forma especial para os jovens e as crianças.

Na Jornada Mundial da Juventude a instituição estará presente realizando eventos próximos à Catedral do Rio de Janeiro. "A Ajuda a Igreja que Sofre na JMJ será um portal onde vocês vão saber o que é viver hoje a fé cristã, vivenciando no concreto, o coração de Deus Pai, o coração de Jesus", disse padre Evaristo.

De acordo com o padre, a AIS está distribuindo, por meio da Igreja no Brasil, 1,5 milhão de YouCats aos jovens do país. No último Acampamento PHN, realizado pela comunidade Canção Nova entre os dias 4 e 7 de julho, a AIS doou 90 mil exemplares para serem distribuídos gratuitamente aos peregrinos presentes no evento. Os jovens receberam o catecismo e ainda levaram para suas paróquias e dioceses.

"O jovem por natureza é aberto à vida, à esperança e ao amor. O mundo lhe oferece inúmeras ofertas que os esvaziam, o YouCat dá respostas do Espírito Santo que há dois mil anos age na Igreja; tem as verdades sólidas da fé e o jovem de hoje busca a certeza. Dizer que o jovem não se apaixona pela verdade é mentira", afirmou padre Evaristo.

"Se quisermos sonhar com Igreja para o futuro, temos que investir nas novas gerações", conclui o sacerdote.
 
André Alves
Da Redação
Fonte: CN Notícias

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