27 de julho de 2013

Emocionado, jovem lembrou ao Papa vítimas da Candelária e da boate Kiss


Professor de história foi escolhido para dar o testemunho a Francisco. 
'Foi tanta emoção que não deu para entender o que ele me falou', disse.


O professor Walmyr Junior, de 28 anos, voluntário da Jornada Mundial da Juventude, que fez um testemunho neste sábado durante evento para o Papa Francisco no Theatro Municipal do Rio, neste sábado (27), disse que ficou tão emocionado em abraçar o Papa Francisco que nem conseguiu entender direito o que o pontífice lhe falou. "Foi tanta emoção que não deu para entender tudo", afirmou.

Walmyr é morador do Complexo da Favela da Maré, ficou órfão ainda menino e com uma bolsa de estudos se formou em história pela PUC-Rio. Ele falou em seu discurso sobre os jovens dependentes químicos, os moradores de rua, os envolvidos em casos de violência. "São todos meus irmão, Santo Padre." Walmyr foi muito aplaudido quando lembrou os 20 anos do chacina da Candelária, no Centro do Rio, quando sete menores foram mortos, e a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria (RS), este ano, quando 242 jovens morreram vítimas de um incêndio.

“Foi uma emoção muito grande. É uma confusão de sentimentos que surge na hora e não deu para prestar atenção em tudo”, diz. “Eu falei umas coisas , ele me disse outras, e ouvi ele me falando: ‘Obrigado pelo seu testemunho’”.

Walmyr contou ainda que soube que havia sido escolhido para dar o testemunho há cerca de duas semanas. “Fiquei reescrevendo o testemunho até ontem à noite”, disse, rindo.

Na saída do Teatro Municipal, ele era cercado por amigos e fieis que o parabenizavam pelo testemunho dado. Ele ,no entanto, rejeitou qualquer papel de maior importância em relação aos outros participantes. “Não tem fama. Agora, é ir para dentro dessa juventude dentro da Jornada e ser somente mais um entre eles dentro dessa missão de construir uma civilização com mais amor”.

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