7 de maio de 2010

Não é Possível ser Cristão sem ser Ecumênico

Foi o que disse o presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Interreligioso da CNBB e arcebispo de Montes Claros (MG), dom José Alberto Moura. Durante a coletiva de imprensa desta sexta-feira, 7, ele explicou o significado de ser ecumênico. “Foi o próprio Jesus que pediu ao Pai para sermos um e que houvesse um só rebanho e um só pastor, mas as disjunções históricas mostraram as divisões e, o movimento ecumênico é a maneira encontrada para que possamos interagir e respeitar as diferenças compreendendo o outro”.
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Dom Alberto lembrou que existe diferença entre as Igrejas Cristãs, mas ele ressaltou que os pontos em comum são maiores e possibilitam a realização de um trabalho entre as Igrejas no Brasil. “Há algumas diferenças de interpretação, históricas, mas os pontos comuns os superam e nos possibilitam realizarmos trabalhos de evangelização juntos, como também trabalhos sociais”, disse dom Moura.
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Questionado sobre o objetivo do estreitamento de relações entre as Igrejas Cristãs, o arcebispo destacou que é “única e exclusivamente para fazer a vontade de Jesus que disse: ‘tenham vida em abundância’, com a finalidade de sermos um nele para ajudarmos as pessoas a acenderem a luz e procurar o caminho que é o próprio Jesus”.
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IGREJAS CRISTÃS E ORGANISMOS CELEBRAM O ECUMENISMO NA 48ª ASSEMBLÉIA GERAL DA CNBB

.Na tarde desta sexta-feira, 7, os bispos discutirão na terceira sessão do dia o tema Ecumenismo. Para o momento, foram convidados representantes de outras Igrejas Cristãs: Igreja Luterana, Presbiteriana Unida do Brasil, todas as Igrejas Ortodoxas do Brasil, a Igreja Anglicana e algumas comunidades pentecostais. Assim como as Igrejas, participam também do momento alguns organismos que mantêm diálogo com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), como o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) e a Coordenadoria Ecumênica de Serviços (Cesi).
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A presença de membros de outras Igrejas Cristãs em Assembleias da CNBB não começou agora, segundo o assessor da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Interreligioso da CNBB, padre Elias Wolff. “Desde a década de 1970 é comum a CNBB contar em suas Assembleias Gerais com a presença de membros de outras Igrejas Cristãs, sobretudo das Igrejas com que a CNBB tem um laço ecumênico”, lembra o assessor.
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Em plenário, os bispos irão fazer um estudo sobre o empenho ecumênico da Igreja Católica no Brasil e uma reflexão sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010, “Economia e Vida”. Às 18h30, em um segundo momento dedicado ao ecumenismo, haverá a celebração ecumênica, que já é uma tradição das Assembleias. A celebração será presidida pelo arcebispo de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão Ecumênica da CNBB, dom José Alberto Moura. A coordenação será feita pelo padre Elias Wolff.
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Para o assessor, a presença de outras Igrejas Cristãs e Organismos na assembleia da CNBB significa um estreitamento dos laços entre as Igrejas no Brasil, de modo particular, das Igrejas membros do Conic. “A presença significa amizade, parceria, companheirismo, cooperação entre as Igrejas. Mostra que uma Igreja está interessada na vida da outra Igreja, no sentido de dar apoio aos projetos de evangelização que cada uma possui”.
Ainda hoje, na Assembleia, haverá o lançamento oficial da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC).
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Fonte: CNBB

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