Todos dependemos do dinheiro para viver. Quando falta, a pessoa passa a sofrer até alimentar-se e ter uma vida digna. Quando o dinheiro é demais, pode gerar – e muitas vezes gera – individualismo e egoísmo. A Campanha quer despertar no cristão a consciência da necessidade de colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida.
É pois esta Campanha da Fraternidade um esforço de re-educação para volvermos o olhar para o ambiente ao nosso redor e corrigir o individualismo e o egoísmo que sorrateiramente contaminam nossos sentimentos e nosso agir. Precisamos soltar as amarras e alçar voo.
A propaganda nos rádios e na televisão é tão intensa e aliciadora que leva a um consumo desenfreado e a uma cultura do desperdício. Perde-se a sensatez de verificar se o que nos é oferecido com cores vivas e tentadoras é mesmo algo de que precisamos e também se nos é útil, pois vivemos a loucura do consumismo.
Por isto esta Campanha da Fraternidade pretende reeducar-nos para uma vida mais sóbria e mais responsável, sem a escravidão e a dependência dos que perderam o senso crítico e a objetividade. Por isto vivem com a obsessão de sempre ter mais.
Esta quaresma, conforme a proposta da CNBB, quer levar-nos a uma “economia de comunhão” em que o lucro seja fonte de generosidade e convite de abertura das mãos e do coração em favor de quem nada tem. Esta é uma lúcida, oportuna e generosa Campanha da Fraternidade à luz da ressurreição do Senhor. Necessário pois lembrar e entender: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”.
Dom Benedicto de Ulhôa Vieira
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