23 de maio de 2009

Eu hoje e amanhã na Comunidade


Como eu estou hoje na comunidade e como pretendo estar amanhã?
Cada crismando relacionou como está sua caminhada na comunidade e como espera estar até o final do curso de crisma.

17 de maio de 2009

Teatro

A turma do crisma foi convidada a participar de um teatro para o 3º Encontro de Casais da Comunidade. Tinha como tema "A força da mulher na família". O teatro foi bem conduzido e emocionou muitos casais presentes no encontro. Parabéns atores!!!







Ver vídeo na barra ao lado.

9 de maio de 2009

Avaliação da Caminhada no Deserto




É hora de avaliar!!! Como está sendo nossa caminhada até aqui?

Foi dado a cada crismando um pedaço de papel para eles colocarem as críticas, sugestões e elogios a respeito das reuniões quinzenais. Após, cada crismando recebeu uma bexiga para que eles pudessem colocar sua opinião dentro dela e enche-lá logo em seguida.

Feito isso, ao som de música, eles começaram a misturar as bexigas no ar e após cessada a canção, cada um pegava uma bexiga aleatoriamente.

Por fim, cada um estourava a bexiga que pegou e lia o que dentro havia.

Ao passo que cada um lia, sugestões eram dadas à respeito do que lá se encontrava.

Foi um momento muito especial para todos nós, pois foi uma reunião bastante proveitosa.

3 de maio de 2009

Pic-nic nas Três Praias





Foi muito legal a nossa ida às Três praias. Poucos foram ao passeio, mas o suficiente para deixar o nosso encontro o melho possível.

Saimos de frente à Igreja de nossa comunidade e de lá partimos rumo ao pic-nic. Chegamos por volta das 9:30h e voltamos por volta das 13h.

Foi demaisssssss...

E você que não foi nesse, que vá no próximo!!!

Até outro passeio!!!


25 de abril de 2009

As Primeiras Comunidades

As três primeiras gerações do Cristianismo primitivo

Quando falamos em comunidades cristãs primitivas, referimo-nos às primeiras comunidades desde sua origem após a paixão, morte e ressurreição de Jesus até a redação do último escrito do segundo Testamento, em torno do ano 130. Todo esse tempo pode ser dividido em três etapas.
A primeira é conhecida como época apostólica. É a primeira geração de seguidores de Jesus de Nazaré. São aqueles que conheceram Jesus ou que aderiram a ele ainda nos primeiros anos do movimento cristão. A época apostólica vai desde o ano 30 até em torno de 67, quando provavelmente os primeiros seguidores de Jesus já haviam morrido ou haviam sido mortos.
Embora se costume chamar esse período de apostólico, foram, na verdade, poucos os apóstolos que se sobressaíram nessa época, ao menos pelas informações dos livros que compõem o Segundo Testamento. Conforme os evangelhos, apenas os dois pares de irmãos – Pedro e André, Tiago e João – apareceram freqüentemente na companhia de Jesus (Mc 1, 16.29;5,37;9,2;13,3;14,33). Tiago foi executado por Herodes Agripa I em torno do ano 43 (At 12, 1 -2).João aparece somente como coadjuvante de Pedro em algumas cenas (At 3,1-4.11;4,13;8,14;Gl 2,9). No capítulo 5 de Atos, além de Pedro, faz-se uma referência vaga aos apóstolos.
Dos Doze resta, portanto, apenas Simão Pedro. Paulo costumava chamar-lhe Cefas. Temos bastantes notícias a respeito de sua atuação. Além de ter maior destaque nos evangelhos, onde representa os Doze, aparece também com destaque no Livro de Atos (1,13.15;2,14ss;3,1ss;4,1-22;5,1ss;8,14-25;9,32ss;10,1-11,18;12,1-19;15,7-12).Paulo também faz referência a ele em suas cartas (1Cor 1,12;3,22;9,5;15,5;Gl 1,18;2,1-14).
Além desse apóstolos , precisamos lembrar ainda outros como Paulo, que faz questão de defender seu título de “apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus” (rm 1,1;1Cor 1,1; 2Cpr 1,1), Junia e Andrônico (Rm 16,7).
Segundo a tradição, Paulo e Pedro foram mortos em Roma na época da perseguição do imperador Nero, por volta do ano 65. Assim sendo, passados uns 30 anos da morte de Jesus, os únicos apóstolos de quem se tem maiores informações já estão todos mortos.
Este período apostólico (entre 30 e 67) pode ser dividido em dois momentos claramente distintos. O primeiro é o anterior à assembléia de Jerusalém em 49, também conhecida por concílio de Jerusalém. Tal como do tempo de Jesus, não temos nenhum escrito bíblico desse período. O que sabemos, além das informações do historiador Judeu Flávio Josefo, vem de escritos posteriores. O segundo momento da época apostólica vai desde o concílio de Jerusalém até em torno de 67. É o tempo áureo da missão de Paulo e sua equipe pastoral.
O segundo período das comunidades primitivas é a chamada época subapostólica. É o tempo da segunda geração de cristãos. Esse tempo corresponde aos anos que vão desde, mais ou menos 67, até por volta de 97, quando então inicia o período pós-apostólico, isto é, a terceira geração de comunidades cristãs.

Quando as pessoas começaram a ser chamas de cristãs?
Antioquia foi um centro importante em que se desenvolveram comunidades cristãs. Segundo Atos 11,26, foi em Antioquia que as pessoas que seguiam a Jesus começaram a ser chamadas de cristãs. Elas foram pioneiras em acolher em suas comunidades pessoas que não eram judias. Acolhiam-nas sem que tivessem que se submeter à lei judaica, especialmente à da circuncisão. Dessa prática, vieram as primeiras tensões com as comunidades de Jerusalém. É que Jerusalém era outro centro importante de igrejas cristãs. Mas havia uma diferença fundamental.Eram comunidades de origem judaica observantes dos costumes judeus.E não só observavam a lei judaica. Queriam que os estrangeiros convertidos a Jesus também passassem a cumprir as exigências da lei de Moisés.
Obs: A pregação central das Jovens Igrejas estava fundamentada na morte e RESSUREIÇÃO de Jesus Cristo: 1 Cor 15,3-4.

Algumas Comunidades:

“Comunidades do discípulo Amado”
Chamamos essas igrejas primitivas de “comunidades do Discípulo amado” ou seja João, porque há no evangelho um discípulo, representando todas essas comunidades, que é chamado várias vezes, como “o discípulo que Jesus amava”. Veja as seguintes citações: Jo 13,23; 19,26;20,2; 21,7.20! em Jo 11,5.36, ainda afirma que Jesus amava Marta, Maria e Lázaro.
“Comunidades de Marcos”
Além das comunidades do Discípulo Amado, podemos perceber também outras igrejas que se organizam na mesma região. São os grupos que nos brindarão com o Evangelho de Marcos pelo ano 70.
Os autores de Marcos estão interessados em animar as comunidades galiléias a se manterem vigilantes e firmes na fé, apesar das perseguições durante a guerra judaico-romana (Mc 13). Querem também estimulá-las a perseverarem firmes na mesma prática de Jesus (Mc 6,7-13)
“Comunidades de Jerusalém”
Segundo o Livro dos Atos, desde cedo formaram comunidades também em Jerusalém e arredores. Seus líderes eram apóstolos galileus de um lado e , de outro familiares de Jesus At 1,12-14.
“Comunidades Helenistas”
Historicamente, os helenistas terão atuado de forma independente em relação apóstolos e familiares de Jesus sediados em Jerusalém. Sua forma de viver a fé em Jesus e de evangelizar era autônoma, assim como também era a caminhada das comunidades da Galiléia e arredores.
As comunidades de Jerusalém eram fiéis às tradições de Israel e AP templo. Os Helenistas, ao contrário, eram críticos ao santuário e à lei.Com essa forma diferente de viver o Evangelho de Jesus, compraram briga especialmente com quem controlava a lei no templo.Era o sinédrio, composto por anciãos, sacerdotes, escribas, entre outros.(At 6,12.15;7,1).Sua prática é a de abertura a outras etnias, ao acesso universal à Boa Nova do Nazareno.

Paulo, o apóstolo dos gentios (pagãos)

Diferentemente de Atos, Paulo não se demora muito, em suas cartas, para descrever o processo de mudança que ocorreu em sua vida. As poucas vezes em que se refere à transformação ocorrida em sua história, o faz para insistir na autenticidade de sua missão como verdadeiro apostolo. As três narrativas de Lucas em atos, de acordo com a teologia a respeito da difusão do evangelho, certamente querem ressaltar a importância dessa transformação que não somente mudou a vida de Paulo, mas também deu novos rumos à caminhada das Jovens Igrejas.

Fonte: Ildo Bohn Gass. Uma introdução à Bíblia: as primeiras comunidades cristãs da primeira geração. 2ª ed. v.7. São Paulo: Paulus/Cebi, 2006.

18 de abril de 2009

Pizzaria


Nossa Turma do Crisma no dia 18/04/09 realizou uma confraternização no Pilão. Nesse mesmo dia foi o aniversário da Lanna.
Foi uma confraternização bem gostosa para poucas pessoas que uniu pizza, bolo, música e muita alegria em um ambiente só.
Veja alguns flagras da confraternização nas fotos a seguir.











28 de março de 2009

A sociedade no tempo de Jesus

Jesus foi uma pessoa como qualquer um de nós, que viveu dentro de um determinado tempo da história. Ele viveu concretamente em um país, pertencia a uma família, trabalhava, tinha posicionamento político, uma situação econômica, uma língua e uma religião.

Situação econômica
A maioria da população era pobre e vivia principalmente da agricultura (trigo, cevada, azeite, legumes etc.), pecuária (bois, camelos, ovelhas etc), pesca e artesanato.
Nos povoados os Romanos cobravam IMPOSTOS: a) ¼ (25%) sobre a colheita; b) a corvéia para manter o exército; c) pedágio e alfândega sobre o transporte de mercadorias. Quem fazia a cobrança eram os Publicanos, que eram muito corruptos. Isso levou o povo a desprezar e marginalizar essa categoria (Mc 2,15-26).
Era obrigatório também o Dízimo para o Templo, em Jerusalém: a) 10% das colheitas; b) 1% para os pobres; c) a cada 7 anos, o produto referente a um ano de trabalho.

O Templo como sede do poder econômico

O templo era o banco central e centro de câmbio (troca de moedas). Todos os impostos eram centralizados ali. Graças às peregrinações, os visitantes (mais ou menos 60 mil durante a Páscoa) alimentavam um comércio de lembranças, artesanato e objetos de luxo. Havia um conjunto de hospedarias e comércio de animais para os sacrifícios. O templo era uma fonte de empregos: entre sacerdotes, funcionários, cambistas, vendedores e operários eram 18 mil pessoas que viviam da organização do Templo.
O Templo havia deixado de ter significado religioso para sustentar a dominação. Quando Jesus combateu o templo, foi pensando no sistema econômico que se apoiava nele. Esse foi um dos motivos de sua condenação (Mc 11,15s).
Situação econômica de Jesus: veio do campo, duma aldeia humilde chamada Nazaré. Seus moradores eram marginalizados, tratados como ignorantes e bandidos (Jo 1,46;7,52). Jesus era carpinteiro ou biscateiro. Pagava impostos aos sarcedotes e aos romanos (Mc 12,13s).

Situação Social
A maior parte da população da Palestina vivia no campo e era constituída de trabalhadores pobres, que sobreviviam no ganho do dia-a-dia. Os ricos moravam só nas cidades. Havia uma classe média pouco numerosa. Nela se encontrava os Escribas e Farizeus.
Família: era patriarcal. Na Palestina o pai era o centro da família: tinha plena autoridade sobre a casa.
Mulher: não participava da vida da sociedade. Era considerada inferior ao homem em todas as coisas. As filhas não tinham os mesmos direitos que os filhos. A mulher precisava ser fiel ao marido, sob pena de morte, mas o marido podia ter outras mulheres além da esposa. Não podiam ler no culto. Não podiam estudar e ser discípula. No tribunal, a mulher não podia ser testemunha.
Pessoas excluídas da sociedade: Mulheres, doentes (surdos, mudos, cegos, leprosos etc), pagãos, escravos, estrangeiros, publicanos.

Alguns grupos sociais
Saduceus: Pertenciam a camada mais rica da Judéia. Tinham, portanto, o poder econômico em suas mãos. Por um lado, esse grupo era formado pelos grandes proprietários de terra e pelos donos do grande comércio. Formavam a elite leiga e rica que considerava sua riqueza sinal de bênção de Deus. Os saduceus eram defensores da ordem estabelecida. Colaboravam com o Império Romano para não serem destruídos de seus cargos. Eles tinham privilégios a defender, especialmente sua situação econômica, seus cargos e seu poder no Templo. Eles não aceitavam a tradição oral, apegando-se somente à lei escrita no Pentateuco (5 primeiros livros da nossa bíblia).Esperavam o Messias numa aparição gloriosa.
Fariseus: Na sua maioria, o grupo dos fariseus era formado de pessoas leigas. Sua origem eram todas as camadas sociais, mas sobretudo, das camadas médias. Também, a maior parte dos Escribas, especialistas nas escrituras, pertencia ao grupo dos Fariseus. Por seu saber bíblico, estes eram as maiores lideranças nas sinagogas (comunidades). Eram guias espirituais das comunidades. Seu conhecimento das leis e do hebraico, como especialista em direito, administração e educação, também lhe assegurava lugares importantes no Sinédrio. De um modo geral, eram nacionalistas. Por isso, eram contra a presença de povos estrangeiros, considerando-os impuros (At 10,11-16). Valorizavam a tradição oral dos antepassados. Achavam que o messias viria como um guerreiro para expulsar os romanos.
Com o tempo, viraram fanáticos. Insistiam em coisas exteriores, visíveis (ex: a observância do sábado, do jejum, da esmola, circuncisão etc). Faziam tudo isto para mostrar que eram judeus observantes da lei de Moisés e de outras prescrições impostas pela tradição. Eram rígidos nas suas posições. Oprimiam a quem não seguisse seu fanatismo. Prendiam-se às exterioridades, mas deixavam dominar-se pela injustiça.

Escribas ou Doutores da Lei: O povo tinha veneração pelos escribas, por serem especialistas nas escrituras. Mas também tinha medo deles, pois passaram a exercer um controle ideológico. Eram eles que diziam o que era certo ou errado, bom ou mau, santo ou profano. Muitas vezes estavam ligados à classe dominante. Muitos fariseus eram escribas (Mc 2,16; 7,5). Os farizeus e os escribas tornaram-se “donos” da consciência do povo, impondo suas idéias.

Sacerdotes: O Sumo-sarcedote controlava o Templo e através dele, toda a vida econômica do país. Os romanos deixavam que os sacerdotes tomassem certas decisões econômicas, contanto que eles dessem o dinheiro exigido por Roma. O culto era um instrumento ideológico, muito baseado no puro e no impuro. Puro era quem ia ao Templo (pagar seus tributos). Os demais ...
O Sinédrio: ou grande conselho era responsável pela administração da justiça em Israel. Era o supremo tribunal político, criminal e religioso. Foi esse tribunal que resolveu entregar Jesus aos romanos para que fosse eliminado (Mc 14,55). Era composto de 71 homens e funcionava numa sala junto ao Templo. O chefe era o sumo sarcedote indicado pelo procurador romano da ocasião. O grande sacerdote era o responsável não só pelo Sinédrio, mas também pelo culto no Templo, pela segurança no santuário, pelas finanças do Templo e pelo comércio que aí se fazia. Faziam parte desse tribunal: os Sarcedotes, os Escribas (por causa do seu saber a respeito da Lei ou Tora), os Saduceus (grupo de maior influência).

Samaritanos: eram considerados raça impura pelos demais judeus, por serem descendentes de população misturada com estrangeiros. Os samaritanos se julgavam israelitas autênticos, veneravam Moisés e esperavam o Messias. Por serem marginalizados, tinham pouca influência sobre a maneira de pensar do restante da Palestina. Jesus diz que os samaritanos, longe de serem impuros, podiam ser modelos de pensar, agir, amar e rezar (Lc 10,33s).

A situação política
A Palestina era dividida em dois territórios: a) a Judéia e a Samaria, ao Sul. b) a Galiléia, ao norte.
Na Judéia e na Samaria, havia um procurador romano, ou seja, alguém que governava em nome do Imperador romano. Morava na cidade marítima Cesaréia (na Samaria). Na Judéia e na Samaria, o Procurador romano deixava o Sinédrio exercer o poder. Nomeava o Sumo Sacerdote e só intervinha quando havia protestos populares.
A Galiléia tinha um Rei que, na época de Jesus era Herodes, Morava em Tiberíades. Herodes era amigo de César, o Imperador Romano, e para não perder o seu cargo, fazia de tudo para agradá-lo.



Fonte:

Gass, Ildo Bohn. Uma introdução à Bíblia. Período grego e vida de Jesus. 2ª ed. v.6. São Paulo: Paulus/CEBI, 2007.

14 de março de 2009

O Nascimento de Jesus

Jesus nasceu durante o reinado de Herodes, o grande, que os romanos haviam designado para governar a Judéia. Os calendários são contados a partir do ano em que se supõe ter nascido Jesus, mas as pessoas que fizeram essa contagem equivocaram-se com as datas: Herodes morreu no ano 4 a. C., de modo que Jesus nasceu 3 anos antes, a quando dos censos do povo Judeu, que ocorreu, exatamente, 1 ano após os censos dos outros povos também subjugados ao poder Romano. Estes censos ocorreram para facilitar aos Romanos a contagem do povo e a respectiva cobrança dos impostos. Os Judeus sempre se opuseram a qualquer tentativa de contagem, por essa razão, esta ocorreu um ano depois de ter ocorrido nos povos vizinhos. Desde o século IV os cristãos festejam o Natal, ou nascimento de Cristo, no dia 25 de dezembro. Esta foi uma adaptação das festas ao deus Sol dos povos pagãos, adquirida pelos Romanos. A data real ainda é incerta.

8 de março de 2009

Encontro - Páscoa e Campanha da Fraternidade 2009









QUARESMA

O que é a Quaresma?

A palavra Quaresma vem do latim quadragésima. São os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até a Quinta-feira Santa, antes da Missa da Ceia do Senhor. O número 40 é simbólico e recorda muitas cenas da bíblia: os 40 anos de caminhada do povo hebreu pelo deserto, os 40 dias que Moisés passou na montanha,os 40 dias da caminhada de Elias para chegar à montanha do Senhor, os 40 dias de Jesus jejuando no deserto...
A Quaresma não tem sentido isolada da Páscoa. Na caminhada quaresmal não vamos ao encontro do nada ou da morte, mas caminhamos para a ressurreição do Senhor e nossa.

Quando se começou a celebrar a Quaresma?

As origens da Quaresma são antigas e estão ligadas a outros acontecimentos, como a preparação dos catecúmenos ao Batismo e a prática das penitências, como a preparação para os catecúmenos ao Batismo e a prática das penitências, muito em voga nos primeiros séculos. Já no século IV se fala de quarentena penitencial. Antes disso, nos séculos II e III, costumava-se fazer alguns dias de jejum em preparação à Páscoa.

Qual a mensagem da Quaresma?

Podemos resumi-la com frases tiradas das leituras bíblicas da Quarta-feira de Cinzas: “Rasguem o coração, e não as roupas! Voltem para Javé, o Deus de vocês, pois ele é piedade e compaixão, lento para a cólera e cheio de amor...” (Joel 2,13). “Em nome de Cristo, suplicamos: reconciliem-se com Deus. Aquele que nada tinha a ver com o pecado, Deus o fez pecado por causa de nós, a fim de que por meio dele sejamos reabilitados por Deus. Visto que somos colaboradores de Deus, nós exortamos vocês para que não recebam a graça de Deus em vão. Pois Deus diz na escritura: ‘Eu te escutei no tempo favorável, e no dia da salvação vim em seu auxílio’. É agora o momento favorável. É agora o dia da salvação (2 Cor 5,20-6,2). Quaresma é portanto, tempo de conversão e reconciliação em dois níveis, com Deus e com as pessoas, em dimensão pessoal e social. A dimensão social é reforçada a cada ano pela Campanha da Fraternidade, que geralmente nos alerta de uma carência social.

Por que não se canta Aleluia e o Glória nesse tempo?

Aleluia significa “Louvai Javé”, e é aclamação marcada pela alegria e pela festa. O clima da Quaresma não combina com isso. O aleluia será uma explosão de alegria na Vigília Pascal. Também o Glória é omitido na Quaresma, pelos mesmos motivos.

Qual o significado das Cinzas?

A cinza é o símbolo da fragilidade e pequenez humanas. Exemplo: Gênesis 18,12: “Abraão continuou: ‘Eu me atrevo a falar ao meu Senhor, embora eu seja pó e cinza’”. É um dos mais antigos sinais de penitência. O antigo testamento está repleto de passagens que o confirmam. Por exemplo, Jó diz a Deus: “Eu te conhecia só de ouvir. Agora, porém, os meus olhos de vêem. Por isso, eu me retrato e me arrependo, sobre o pó e a cinza” (Jó 42,5-6). Uma das fórmulas ditas pelo presidente da celebração ao impor as cinzas é esta: “Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar”. Isso recorda a passagem do Gênesis: “Você comerá se pão com o suor de teu rosto, até que volte para a terra, pois dela foi tirado. Você é pó, e ao pó voltará” (3,19).
A outra fórmula para a imposição das cinzas é um apelo à conversão e é tirada de Marcos 1,15: “Convertei-vos e crede no evangelho”.


De onde vêm as cinzas?

São as cinzas dos ramos bentos no Domingo de Ramos do ano anterior.

O que é a Via-sacra e quando surgiu?

Na Quaresma e Sexta-feira Santa costuma-se fazer a via-sacra. A palavra significa “caminho sagrado” (o caminho de Jesus até a morte de cruz). É um ato de piedade – muitas vezes em forma de caminhada – no qual se reza e se medita sobre 14 episódios (estações) da Sexta-feira Santa, desde a condenação à morte até o sepultamento de Jesus. Há vários formulários de Via-sacra, e ultimamente – com muita razão – acrescentou-se a 15ª estação – a ressurreição de Jesus, pois a morte não o venceu ou derrotou. Várias estações desse ‘caminho sagrado’ não são tiradas dos evangelhos (por exemplo, as três quedas de Jesus, a Verônica enxugando o rosto do Senhor etc.).

Por que a cada ano, na Quaresma, temos a Campanha da Fraternidade? Ela ajuda ou atrapalha?

A Campanha da Fraternidade (CF) já completou 40 anos de vida e isso, por si só, é um sinal altamente positivo para chamar a atenção, denunciar, convocar à conversão e suscitar gestos concretos (pastorais e ministérios). Nem sempre o tema da CF coincide com o tema das leituras bíblicas quaresmais, mas há sempre um apelo à conversão que deve ser traduzido em solidariedade e fraternidade. Nossa CF tem inspirado outros países a gestos semelhantes.


SEMANA SANTA

Por que essa semana é chamada de santa?

Porque nela celebramos os momentos mais importantes da nossa salvação. O evangelho atribuído a São João resume desta forma: “Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus enviou o seu filho ao mundo, não para condenar o mundo, e sim para que o mundo seja salvo por meio dele” (Jó 3,16-17). E também: “Antes da festa da Páscoa, Jesus sabia que tinha chegado a sua hora. A hora de passar deste mundo para o pai. Ele, que tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). Com sua entrega por nós, Jesus santificou essa semana, e nós a santificamos em nosso compromisso cristão.

O que Celebramos no Domingo de Ramos?

O domingo de Ramos é o início da Semana Santa. Nesse dia comemoramos a entrada de Jesus em Jerusalém. Os 4 evangelhos narram esse episódio, vejamos Mateus 21, 8-11: “uma grande multidão estendeu seus mantos pelo caminho; outros cortaram ramos de árvores e os espalharam pelo caminho. As multidões, que iam na frente e atrás de Jesus, gritavam: ‘Hosana ao Filho de Davi! Bendito aquele que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto do céu!’ Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou agitada, e perguntavam: ‘Quem é ele?’ E as multidões respondiam: ‘É o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia.’”


O que celebramos na Quinta-feira Santa?

Pela manhã, nas catedrais, o Bispo com os sacerdotes preside a Missa do Crisma. Há duas coisas a serem recordadas. 1º - Esse dia é conhecido como o da instituição do sacerdócio e da eucaristia. O bispo preside a eucaristia com seus sacerdotes celebrantes, manifestando a unidade do seu sacerdócio com o único Sacerdócio de Cristo. 2 – Essa missa é chamada de Missa do Crisma, porque nela são abençoadas o óleo dos Catecúmenos e o óleo para a Unção dos Enfermos, e o bispo consagra o óleo do Crisma. Esses óleos são levados para as paróquias e usados na administração dos sacramentos.
Ao entardecer, começa o Tríduo Pascal, com a Celebração ou Missa da Ceia do Senhor. Nela há o rito do Lava-pés. Partimos da Páscoa judaica (1ª leitura), chegamos à Páscoa de Jesus – a eucaristia (2ª leitura) – e entendemos que a Eucaristia/Páscoa de Jesus é serviço de quem ama até as últimas conseqüências do amor – dar a vida. De fato, o Lavar os pés (leitura do evangelho) é apenas o começo do amor que dá a vida. O lava-pés-serviço termina na cruz (Sexta-feira Santa), quando Jesus diz: “Tudo está consumado”, e entrega o espírito.

O que celebramos na Sexta-feira Santa?

Na Sexta-feira Santa não há Eucaristia (missa). Normalmente às 15 horas, nas igrejas celebra-se a Paixão do senhor, com as seguintes partes: Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz, Comunhão. A Liturgia da Palavra é sempre a mesma: Is 52,13-53,12; Hb 4,14-16; 5,7-9; Jô 18,1-19,42. Terminada a leitura da paixão, vem a prece Universal e a Adoração da Cruz. A palavra “adoração” é um tanto imprópria, pois a adoração é dirigia a Jesus. Honramos sua cruz, pois foi nela que ele nos salvou. A última parte á a comunhão. A assembléia se retira em silêncio após ter sido invocada sobre ela a bênção de Deus. Muitas comunidades celebram também a via-sacra, que também pode ser encenada.

O que é a Vigília Pascal?

É a noite Santa da ressurreição do Senhor. É celebrada depois do anoitecer do Sábado Santo e antes do amanhecer do Domingo da Ressurreição. É a “mãe de todas as vigílias”, nela a Igreja espera, velando, a Ressurreição do Senhor.

Quais são as partes da Vigília Pascal?

1ª – Celebração da Luz: com a benção do fogo novo, a preparação do Círio Pascal, a procissão para o interior da Igreja e a proclamação da Páscoa.
2ª – Liturgia da Palavra: sete leituras do Primeiro Testamento com seu Salmo e oração, canto do Glória, epístola, canto do aleluia e evangelho.
3ª – Liturgia batismal: ladainha dos santos, bênção da água batismal, renovação das promessas do batismo.
4ª – Liturgia eucarística: a missa prossegue da Apresentação da oferenda em diante.

Por que tantas leituras na Vigília Pascal?

As leituras nos oferecem uma panorâmica da história da Salvação, desde a criação até a nova criação realizada na morte-ressurreição de Jesus. Grosso modo, representam as várias etapas dessa história. De fato, parte-se do Gênesis 1,1-2,2 , onde “tudo era bom” (1ª leitura). No sacrifício de Isaac e na fé de Abraão (Gn 22,1-18) estão prefigurados o sacrifício de Jesus e a adesão dos fiéis, pela fé em Cristo, ao projeto de Deus (2ª leitura). A libertação de Israel da escravidão (Ex 14,15-15,1) anuncia a libertação definitiva em Cristo e a “passagem” dos Cristãos da morte à vida (3ª leitura).
As crises de Israel no exílio da Babilônia (Is 54,5-14) suscitam a memória do amor perene de Javé por seu povo (4ª leitura). As promessas de Deus se cumprem na história, fecundando de esperança a vida das pessoas (Is 55,1-11), e essas promessas atrairão todos os povos a deus (5ª leitura),
Quem foi infiel: Javé ou Israel? Baruc (3,9-15.32-4,4) exorta Israel a tomar consciência do que fez, convidando-o ao arrependimento (6ª leitura). Esgotados todos os recursos para salvar o povo, Deus anuncia a nova aliança (Ez 36,16-17ª.18-28), na qual ele será nosso Deus e nós seremos seu povo (7ª leitura). Essa nova aliança foi selada na morte-ressurreição de Jesus (leitura do evangelho) e nós a renovamos em nosso Batismo (Epístola, Romanos 6,3-11). Com o anúncio vitorioso: “Ele ressuscitou! Não está aqui!”, os cristãos começam a celebrar o memorial da presença de Deus no meio do povo (Eucaristia).
Cada uma das 7 leituras vem acompanhada do salmo de resposta (responsorial) e uma oração.


Quais são os principais símbolos da Vigília Pascal?

1) O FOGO. Na bíblia, o fogo é sinal da presença de Deus no mundo (1Reis 19,12), é expressão de santidade e transcendência divinas. Vários profetas têm sua vocação associada ao fogo, por exemplo, Isaías (6,6), Ezequiel (1,4), Eliseu (2Reis 2,11). Avocação de Moisés igualmente (Ex 3,1ss). Na liturgia da Vigília Pascal, acende-se um fogo (fogueira) fora da igreja. Esse fogo representa a vida nova conseguida na ressurreição de Jesus. Esse fogo novo – símbolo da ressurreição – é abençoado, e com ele acende-se o Círio Pascal.
2) A LUZ. A luz, primeira criatura de Deus, é força fecundante, condição indispensável para que haja vida. Opõe-se às trevas, símbolo do mal, da não-vida, da infelicidade. Na Bíblia o próprio Deus é luz (Salmo 27,1; Isaías 9,1 etc.). Jesus se auto definiu a luz do mundo (Jo 8,12; 9,5). A vida inspirada pela fé é um “caminhar na luz” (1 Jo 2,8-11). O Círio Pascal, expressão do cristo ressuscitado, é aceso no fogo novo e , partindo dele, irradia-se a luz da ressurreição, que vai rompendo as trevas. Primeira criatura da criação, a luz do Círio é princípio de nova criação, inaugurada com a vitória do primogênito dentre os mortos.
“Dentre todos os simbolismos que derivam da luz e do fogo, o Círio Pascal é a expressão mais forte por sua riqueza de significados. É a fusão da lua cheia de Nisan (símbolo da salvação pascal) e o rito da luz (quando, à tardinha, os hebreus acendiam as lâmpadas), que é uma ação de graças pelo dom da luz. Representa Cristo ressuscitado, vencedor das trevas e da morte (cravos no Círio), Senhor da História (os algarismos), princípio e fim de tudo (A e Z), sol que não conhece acaso. É aceso com o fogo novo, produzido em plena escuridão, pois na Páscoa tudo renasce”.

3) A ÁGUA. A água é símbolo da vida. Purifica, regenera, salva (hidroterapia). “Representa a eficácia do sangue de redentor de Cristo, comparado à água que lava. A imersão do Círio Pascal na água é a união do elemento divino com o humano, a força fecundante de Cristo, gerador de vida nova, para que todos os se banharem nessa água fecundada se tornem filhos de Deus”.


PÁSCOA

O que significa Páscoa?

É uma palavra vinda do hebraico, a língua do Primeiro Testamento, e significa “passagem”. Ainda hoje é a festa mais importante do povo judeu, e é o eixo central da fé cristã. A Páscoa cristã nasceu da Páscoa judaica, que tem suas raízes numa festa ligada aos pastores.
Os pastores, na antiguidade, não possuíam terras, somente rebanhos. Páscoa para eles era a passagem de uma pastagem a outra com suas cabras e ovelhas. Nessa ocasião, imolavam cordeiros à divindade, ungindo com sangue as estacas das tendas, para afastar o mau olhado e os espíritos maus que tornavam o rebanho estéril.
Os Hebreus adotaram essa festa antiga e a transformaram na grande festa da independência, ou seja, começaram a comemorar nesse dia a saída do Egito escraviza dor, atravessando o mar vermelho, rumo à terra da liberdade e da vida. A Páscoa é, portanto, passagem da escravidão á liberdade, da morte á vida. Êxodo 12 narra como os Hebreus celebravam esse acontecimento. Jesus também celebrou a Páscoa judaica, segundo os evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas). E celebrando a Páscoa judaica inaugurou a própria páscoa, sua passagem desse mundo para o Pai. Isso é celebrando de modo intenso na Semana Santa e Domingo de Páscoa. Mas é celebrado igualmente em todas as missas.

Quando se começou a celebrar a Páscoa?

A Páscoa cristã nasceu com a Igreja e a Igreja nasceu da Páscoa. Os primeiros cristãos se reuniam no “dia do Senhor” (todos os domingos) para celebrar a ressurreição e a vida nova que dela decorre. Isso nos leva à consciência de que todo domingo é Páscoa e toda Eucaristia é memorial do mistério pascal. A páscoa propriamente dita – uma data específica e especial – também é celebração antiga. Os textos começam a falar dela por volta do ano 150 d.C.


Qual a mensagem da Páscoa?

Páscoa é vitória da vida sobre a morte. Vitória de Jesus e nossa também. De fato, o Apocalipse o chama de “o primeiro a ressuscitar dos mortos” para uma vida que não termina. Ele é o primogênito de uma grande família, a humanidade. Abriu-nos a porta da ressurreição e da imortalidade.
O capítulo 20 de João – de onde é tirado o evangelho desse dia – oferece uma pista interessante. No 1º dia da semana – domingo – Jesus ressuscita. Pedro e o discípulo amado correm ao túmulo. O Ressuscitado aparece a Maria Madalena e, depois, aos discípulos, comunicando-lhes o Espírito e enviando-os em missão. Tudo isso condensado no dia da ressurreição. No domingo seguinte, aparece aos discípulos e repreende Tomé. Essa insistência no domingo é importante. Em outras palavras, esse evangelho quer dizer que a ressurreição do Senhor iniciou um dia que jamais terminará, o dia em que a vida vai vencendo a morte.

Quais os símbolos pascais?

A COR BRANCA, própria do Tempo Pascal, lembra a vitória do cordeiro imolado, vencedor da morte e do mal, trazendo a paz. A CRUZ vazia ou só com um lençol branco recorda que a cruz não é o fim de tudo, mas o começo de nova era.
O OVO é um dos símbolos pascais mais conhecidos – explorado pelo comércio (se for de chocolate). É símbolo da vida, e a maior célula que existe. Desde os primeiros séculos, por ocasião da Páscoa, era costume presentear as pessoas com ovos enfeitado e coloridos. Ainda hoje os judeus têm no ovo um dos símbolos pascais mais importantes. Ele representa o povo judeu em seu peregrinar sofrido na história: quanto oprimido, mais resistente, assim como o ovo: quanto mais cozido, mais duro.
O CORDEIRO é o símbolo religioso mais antigo da páscoa. No Segundo Testamento, simboliza Cristo chamado de Cordeiro de Deus por João Batista, e imolado na cruz quando no Templo de Jerusalém se iniciava a matança dos cordeiros pascais.
O CÍRIO PASCAL – aceso na Vigília e em todos as celebrações do Tempo Pascal – é associado à luz, e é símbolo do ressuscitado, vencedor das trevas e da morte.
O COELHO não é símbolo religioso de Páscoa. Como símbolo de fecundidade, foi usado na Antiguidade pelos egípcios (os coelhos se reproduzem constantemente, e as fêmeas estão sempre aptas para prenhez)
A COLOMBA ou POMBA PASCAL também não é símbolo religioso, mas comercial. É de origem italiana. Trata-se de um doce tipo panetone, mas no formato de uma pomba.




Fonte: BORTOLINI, José. Por que creio: Quaresma, Páscoa e Pentecostes. 62 perguntas e respostas sobre o ciclo da Páscoa. 3. ed. São Paulo: Paulus, 2007.
Obs: alguns cortes e adaptações foram feitos pelos catequistas.

28 de fevereiro de 2009

Os Profetas

A ordem que os livros proféticos estão na Bíblia não obedece à linha histórica. Primeiro vêm os livros dos quatro profetas conhecidos como “Profetas Maiores”:Isaías, Jeremias (com o acréscimo de Lamentações e Baruc), Ezequiel e Daniel. Depois seguem os chamados “Profetas Menores”: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Maiores e menores, não porque uns sejam mais importantes do que outros, mas simplesmente por causa da extensão dos livros.
Os profetas começam a lutar quando o Deus de Israel começou a ser cultuado como um ídolo qualquer para legitimar os abusos da monarquia, a desintegração do projeto tribal e a opressão do povo. Para se manter no trono, os reis esqueceram a Aliança e procuraram o apoio das grandes potências imperialistas. Primeiro, caíram nas garras do Império Assírio que arrasou Samaria, a capital do Reino de Israel (Norte). Depois sofreram a devastação do Império Babilônico, que destruiu Jerusalém.
Antes do cativeiro, os profetas Amós, Oséias, Isaías I (Is 1-39), Miquéias, Naum, Habacuc e Jeremias, em nome da Aliança: Defenderam o povo do campo contra o avanço explorador da cidade. Eles Gritaram “Oráculo do senhor”, e anunciaram a intervenção direta de Deus.
Denunciaram os erros dos reis e do povo, e convocaram para conversão; brigaram com os responsáveis e procuraram reformar o sistema dos reis; formaram grupos de discípulos que guardaram e transmitiram o ensinamento do mestre-profeta (inicio dos livros proféticos); todos eles anunciaram a proximidade do desastre (o cativeiro) que viria como conseqüência da política nefasta dos reis.
Durante o cativeiro, os profetas entre os quais se destacam os discípulos de Isaías (Is 40-55), Jeremias e Ezequiel:
Solidarizaram-se com o povo na tragédia em que foi vitima e redescobriram a presença de Deus nos próprios fatos dolorosos do cativeiro. Descobriram uma maneira de ajudar o povo a ler os fatos à luz da fé e a criticar o sistema opressor dos ídolos.
Releram o passado à luz da nova experiência de Deus e redescobriram a missão do povo que sofria: ser servo, ser a luz das nações. Fizeram a revisão da história, procurando apontar a causa do fracasso; recorreram menos aos oráculos, preocupados em transmitir e atualizar a mensagem dos profetas do passado. Iniciou-se assim o processo que desembocou nos escritos proféticos.

Um Pouco mais sobre o Exílio
O Exílio na Babilônia foi a maior crise na história do povo de Israel. Em 597 houve a primeira deportação: em 587 a cidade de Jerusalém foi destruída e houve uma segunda deportação; em 581 houve a terceira deportação. Portanto, o povo foi levado para Babilônia em três etapas. Com isso, o Reino de Judá desapareceu do mapa. O povo perdeu sua identidade. Estão sem Rei, sem templo, sem terra: como que no fundo do poço.
Destruindo Jerusalém, o Exílio traça uma linha divisória na história do povo de Deus. Politicamente, a nação desapareceu do mapa do Oriente Médio. O povo tornou-se um aglomerado de indivíduos arrancados de suas raízes e vencidos. Nenhum sinal externo os caracterizava como povo. Nessa grande fossa, a sensação é de que tudo está perdido. Onde está Javé?
Vem então a presença dos profetas provarem que Deus não esqueceu o seu povo. Dois grandes profetas, atual nessa época: Ezequiel e o 2º Isaías, o primeiro mostra que Javé acompanhou o povo ao Exílio; o segundo consola o povo e lhe aponta um novo êxodo.
“Os profetas após Isaías, além de lutarem pelas causas do povo, anunciam a chegada de uma nova esperança, aquele que vem para libertar, o maior dos profetas: Jesus Cristo”

Bibliografia: Editora Paulus 2º edição (roteiros para reflexão) Livros proféticos
Curso de Visão Global Da bíblia – 3ª Edição
O profeta Amós

Amós era pastor em Técua, no Reino de Judá (Sul), mas foi pregar no Reino de Israel (Norte), governado por Jerobão II (783-743 a.C.). Deixou sua vida tranqüila no Sul e foi anunciar e denunciar no Norte.

Era um tempo de grande prosperidade para os ricos, que se tornavam cada vez mais ricos, vivendo no luxo, procurando tranqüilizar a consciência com um culto pomposo. Mas era, também, um tempo de muita miséria para os pobres, cada vez mais explorados e oprimidos. Amós, em nome de Deus condenou a corrupção das cidades, as injustiças sociais e a falsidade do culto no tempo.

Por que a palavra de Amós incomodava tanto? Amós não se contentava em denunciar genericamente a injustiça social. Ele “dava nomes aos bois”: os ricos que acumulavam cada vez mais, para viverem em mansões e palácios (3,13-15; 6,1-7), criando um regime de opressão (3,10); as mulheres ricas para viverem no luxo, estimulavam seus maridos a explorar os fracos (4,2-3); os que roubavam e exploravam e depois iam ao santuário rezar, pagar dízimo, dar esmolas para amenizar a própria consciência (4,4-12; 5,21-27); os juízes que julgavam de acordo com o dinheiro que recebiam dos subornos (5,10-13); os comerciantes ladrões e os “atravessadores” sem escrúpulo que deixavam os pobres sem possibilidades de comprar e vender as mercadorias por preço justo (8,4-8).

Amós em seu tempo lutou pelas classes trabalhadoras que eram exploradas pelos ricos. Essa é a luta que muitas pessoas ainda hoje travam, em favor dos mais pobres que sofrem com a exploração no trabalho. A partir destes dados elabore uma pequena encenação exemplificando pessoas ou fatos que hoje são sinônimos desta luta.


O profeta Oséias

Como Amós, Oséias profetizou no reinado de Jerobão e depois dele, quando o reino de Israel entrou em crise e um rei foi assassinado depois do outro, depois da prosperidade do tempo de Jerobão II, Israel entrou em decadência, e foi nessa realidade que Oséias cumpriu a sua missão profética.

Os três primeiros capítulos contam a história do problemático casamento de Oséias que, pelo seu valor simbólico, muito bem explorado, torna-se uma profecia das relações de Deus com seu povo: o marido fiel que tem de enfrentar as infidelidades da esposa. Ele amava de todo o coração a sua esposa, mas ela o deixou para se entregar a outros amantes. Esse amor não correspondido ultrapassou o nível de frustração pessoal para ser uma enorme força de anúncio: o profeta apresenta a relação entre Deus, sempre fiel e cheio de amor, e seu povo, que o abandonou e preferiu correr ao encontro dos ídolos. Oséias torna-se, então, denunciador de todo o tipo de idolatria. Para Oséias a idolatria não consiste somente em adorar imagens de ídolos, mas inclusive em fazer alianças políticas com potências estrangeiras que provocam exploração econômica e opressão (7,8-12; 8,9-10); golpes de Estado que preservam interesses de uma pequena minoria (7,3-7); a confiança no poder militar e nas riquezas (8,14; 12,9); além de todo tipo de injustiças (4,1-2; 6,8-9; 10,12-13).

Oséias denunciou em seu tempo a infidelidade do povo para com Deus. Trazendo para nosso tempo, elabore uma encenação que mostre como a infidelidade para com Deus destroe o homem.


O profeta Jeremias

A atividade profética de Jeremias se desenvolveu entre os anos 627 e 586 a.C. Um período onde o rei Nabucodonosor, expandia o Império Babilônico e dominava toda a Palestina.

Jeremias é o profeta que melhor podemos conhecer, não só pelas narrações sobre ele, mas também pelos desabafos, conhecidos como confissões de Jeremias. Percebe-se que era uma pessoa muito sensível e até frágil, o que contrastava com a coragem que enfrentou as autoridades corruptas e o vigor até violento de alguns de seus oráculos (profecias).

Jeremias como alguns profetas foi mais conhecido devido a causa pelo qual lutava. A essa causa dar-se o nome de liberdade, pois seu povo vivia um dos piores momentos da história: o Cativeiro na Babilônia, onde além de terem perdido a liberdade, caiam no pior dos sentimentos “a desesperança”. Os líderes de Israel foram levados para trabalhar na Babilônia, o Templo e a cidade de Jerusalém foram destruídos. Só ficaram na terra os camponeses. O que fazer? Esse é o tempo do profeta Jeremias. Ele traz consigo uma visão crítica sobre a situação do país. O domínio do Império Babilônico impunha falta de liberdade, o desrespeito ao culto e aos costumes do povo judeu.

Trazendo para nossos dias, há muitas pessoas que lutam pela liberdade (expressão, raça, classe) dos mais fracos e marginalizados. Sendo assim elabore um encenação mostrando um pouco dessa luta.



Fontes:
LIVROS PROFÉTICOS: profetas posteriores. São Paulo: Paulus, 2000. Roteiros parareflexão IV.
BÍBLIA SAGRADA. Edição Pastoral. São Paulo: Paulus, 2008.

14 de fevereiro de 2009

A formação do Povo de Deus

A partir do Ex 1,9.15; 12,38 e outros textos do livro do Êxodo vemos quais são as pessoas que saíram do Egito. Percebemos que os textos falam de israelitas, de hebreus, de grande multidão misturada. Isso nos ajuda a entender que os que saíram do Egito não eram um povo formado por uma etnia. Mas era constituído por todos aqueles que não se conformavam com o sistema tributário. A palavra hebreu vem da palavra hapiru , que indicava a categoria de pessoas que o sistema marginalizava. Hoje, por exemplo, seria a que nós chamamos de excluídos (sem-terra, sem-casa, desempregados, mendigos, lavadeiras, meninos de rua ...).
Os textos falam de expulsão, de fuga, ou que o faraó deixou-os sair. Provavelmente houve mais do que um acontecimento nessa luta pela libertação. Pode ter acontecido que grupos conseguiram fugir. Outros foram expulsos porque incomodavam. outros entraram em acordo e foi-lhes permitido que saíssem. O povo guardou na memória essas várias experiências.
Ao longo da caminhada, o povo aprende a se organizar:
  • Primeira etapa: +ou- 1250 a.C.: o acontecimento principal é a saída ou fuga dos escravos hebreus, sob a liderança de Moisés, Aarão e Míriam. Escravizados no Egito, os israelitas clamam a Deus. Deus se revela como Javé, o Deus libertador e, em meio a grandes prodígios, liberta o povo para fazer com ele uma aliança. O exército perseguidor é destruído no meio do mar e os israelitas cantam vitória.
  • Segunda Etapa: +ou- 1200 a.C.: depois de uma longa e difícil caminhada, chegaram à Terra Prometida. Nessa terra, os camponeses tinham se rebelado contra as cidades e seus reis, pois estes cobravam pesados tributos às aldeias. O grupo vindo do êxodo, liderado por Josué, conclamou estes camponeses a se unirem a ele. Vitotiosos nesta luta, organizam-se de maneira nova formando uma aliança entre tribos e clãs, num projeto de justiça, igualdade e fraternidade.

Fonte: Tea Frigerio. Curso popular de Bíblia: A formação do Povo de Deus. 3ª ed. v.2. São Leopoldo: CEBI, 2006.

31 de janeiro de 2009

A Bíblia


A bíblia é luz para o nosso caminhar!

A bíblia é um conjunto de livros, que nascem da história, da realidade de um povo, que lutou por vida e liberdade na certeza de que Deus estava com ele. É a vida das pessoas, com suas dores, sofrimentos, lutas, conquistas e alegrias que fez nascer a Bíblia. É na realidade que encontramos a palavra de Deus.

Está dividida em duas grandes partes: o Primeiro e o Segundo Testamento. Tal divisão corresponde às duas etapas da história do Povo de Deus: a Primeira Aliança, antes de Jesus; a Nova Aliança, a partir de Jesus. Aliança significa pacto, compromisso. Deus, ao longo da história, realizou várias alianças com seu povo firmando um pacto, uma aliança: sereis meu povo, serei vosso Deus.

Lembramos:


Os livros da Bíblia, na versão católica, são ao todo 73. Na versão evangélica, são 66. A diferença só está no Primeiro Testamento, pelo fato de os evangélicos adotarem a "Bíblia Hebraica", que só contém os livros escritos em hebraico. Os livros, Tobias, Judite, 1º e 2º Macabeus, Baruc, Eclesiástico, Sabedoria, são livros que foram escritos em grego ou cujo original hebraico se perdeu. Eles se encontram só na tradução grega da bíblia, chamada em Português de "Setenta", tradução feita pelos judeus a partir do 3º século a.C.

1 - O Primeiro Testamento

  • Pentateuco: significa 5 rolos. São livros que na Bíblia Hebraica são chamados de Torá, quer dizer Lei, orientação de vida. São eles: Gênesis, Êxodo, levítico, Números e Deuteronômio.
  • Livros Históricos: são 16. Contam a história do povo de Israel desde a saída do Egito até o Império Romano. São eles: Josué, Juízes, Rute, 1º e 2º Samuel, 1º e 2º Reis, 1º e 2º Crônicas, Esdras, Neemias, 1º e 2º Macabeus, Tobias, Ester, Judite.
  • Livros Proféticos: são 18. Guardam a palavra dos profetas que se definiram como "boca de Deus" (Jr 1,9; Is 51,16); iluminaram a realidade à luz da Palavra de Deus. São eles: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Amós, Oséias, Miquéias, Joel, abdias, Jonas, Naum, Ageu, Habacuc, Zacarias, Malaquias, Sofonias, Lamentações.
  • Livros Sapienciais: Jó, Salmos, Provérbios, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Eclesiástico e Sabedoria.

2 - O Segundo testamento (27 livros)

  • Evagelhos: para guardar a memória de Jesus. São: Mateus, Marcos, Lucas e João.
  • Atos dos apóstolos: para guardar a memória das primeiras comunidades.
  • Cartas: são 21, escritas para orientar - clarear a caminhada. São de: Paulo, Pedro, João, Tiago, Judas, Hebreus.
  • Apocalipse: escrito para fortalecer a resistência na perseguição.

Fonte: Tea Frigeiro. Curso popular de Bíblia: uma introdução geral ao estudo da Bíblia. v.1. São Leopoldo: CEBI, 2005.

30 de dezembro de 2008

Nossos Pastores

Cônego Antônio Rocha de Araújo (Pe. Toninho)

Filho único, nasceu em 17 de julho de 1932 na cidade de Paú, Vila Velha, Espírito Santo.
Estudou no Seminário São José - Rio de Janeiro e Seminário Arquidiciocesano Nossa Senhora da Penha - Vitória. Realizou diversos cursos no Instituto Pastoral da Arquidiocese de Vitória, dos quais gostou muito.
Após ordenado sarcedote, no dia 12 de dezembro de 1976, realizou sua pós graduação em Caixias do Sul - Rio Grande do Sul. Atualmente reside no Seminário Nossa Senhora da Penha - Vitória.



D. Luiz Mancilha Vilela, ss. cc

Nasceu em Pouso Alto, MG em 06 de maio de 1942
Ordenação Presbiteral: 21 de dezembro 1968 – Belo Horizonte
Superior Provincial da Congregação dos Sagrados Corações: De 1981 a 1985
Ordenação Episcopal: 22 de fevereiro 1986 – Cachoeiro de Itapemirim
Nomeado Arcebispo de Vitória, ES – 03 de dezembro 2002.





Arcebispo Emérito
D. Silvestre Luiz Scandian, svd

Nasceu em Iconha, ES em 1931
Ordenação Presbiteral: 03 de agosto 1958
Ordenação Episcopal: 22 de fevereiro 1975
Renúncia: 14 abril 2004

6 de dezembro de 2008

O Sacramento do Crisma

1 – O que é um Sacramento?

“Os gestos e palavras são absolutamente necessários na vida social. Eles mostram o que temos dentro de nós, o que sentimos. E quantas vezes os gestos dizem muito mais que as palavras! O gesto fala; as vezes, grita! Não é preciso dizer nenhuma palavra se o gesto traduz o nosso amor...
Nos aniversários, nas reuniões familiares, nas visitas, as flores oferecidas e os presentes são SINAIS de amizade. Eles revelam o nosso amor.
Do mesmo modo, os SACRAMENTOS são SINAIS que Jesus deixou na sua Igreja para sabermos que o amor dele continua presente apesar da aparente ausência. Atualizam a aliança entre Deus e o seu Povo. Como nossos olhos não podiam ver a Deus, o filho se encarnou, se tornou sinal visível do Pai.
Nesse sentido, o Cristo é o SACRAMENTO por excelência e a Igreja é o sacramento de Jesus”.
O Concílio de Trento (séc.16) definiu solenemente que os sacramentos cristãos foram instituídos por Jesus Cristo e que o número deles é sete: Batismo, Crisma, Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio.
Resumindo: os SACRAMENTOS são sinais da presença de Cristo na Igreja.
.
NASCIMENTO – entrada na família e na comunidade humana
BATISMO – entrada na comunidade da Igreja
O BANQUETE – em que se reúne a família toda
A EUCARISTIA – que reúne a comunidade Igreja
A INICIAÇÃO – na vida de adultos
A CRISMA – compromisso de adultos com a Igreja e com o mundo
A RECONCILIAÇÃO – entre os homens
A PENITÊNCIA – como reconciliação com Deus e com a Igreja
O CASAMENTO – e o amor conjugal
O MATRIMÔNIO – compromisso do casal diante da Igreja
O ENGAJAMENTO – e algum serviço (ministério) da Comunidade
A ORDEM SACERDOTAL – serviço à Comunidade Eclesial
A DOENÇA – e a morte
UNÇÃO DOS ENFERMOS – com abertura mais clara para a comunhão definitiva com o Pai

Até aqui retirado do livro Encontros de catequese nas comunidades: preparação para a crisma. Coordenação de catequese de Lins (SP), Edições Paulinas, 1987. p. 112-115.

2 – O Sacramento do Crisma

“A Crisma ou Confirmação é um sacramento da iniciação cristã que expressa a maturidade cristã, fortalece o batizado para assumir a missão de Jesus Cristo (Lc 4,18-21), insere mais profundamente o cristão ao Ministério pascal do Senhor e à Comunidade Eclesial, constituindo-se um momento privilegiado para personificar a fé e o compromisso batismal.
Este sacramento quer evidenciar a relação essencial da vida cristã e de toda a Igreja com o Espírito Santo (At 1,8; 2,1-42; 10,44-48). O Batismo nos une a Cristo na sua Morte e Ressurreição; a crisma nos comunica a graça do acontecimento de Pentecostes. Ambos inserem a pessoa no ministério de salvação e na Comunidade do Povo de Deus.
Mediante este sacramento, o cristão é chamado a ser um apóstolo de Jesus Cristo, assumindo sua causa, anunciando as maravilhas de Deus, defendendo a justiça, sendo solidário com os irmãos que sofrem, colocando-se a serviço da vida e da esperança. Desse modo, o cristão se torna (uma) testemunha corajosa e fiel de Jesus Cristo, empenhando-se na edificação do Reino, a exemplo de Cristo (Lc 4,14-19 ou Jo 15,26 e 27), colocando sua vida a serviço da transformação deste mundo” (Diretório sacramental, Arquidiocese de Vitória-ES, p.6-7).
“Pelo sacramento da confirmação os fiéis são enriquecidos com o dom Espírito Santo e unidos mais perfeitamente à Igreja, são chamados a serem testemunhas de Cristo pela palavra e ação e a difundirem a fé” (Código de Direito Canônico 879).
“A Confirmação completa a obra iniciada no Batismo (At 8,15-17; 19,5ss), levando quem o recebe à plenitude e maturidade espirituais (Ef 4,13) por uma comunicação especial do Espírito Santo que consagra o homem para o testemunho cristão (At 1,8; Lc 12,12; Jo 15 a 26; 16, 1-15).
Pelo sacramento da Confirmação, aqueles que renasceram pelo Batismo recebem o dom do Espírito Santo. São enriquecidos por ele com uma força especial e, marcados pelo caráter deste sacramento, ficam mais perfeitamente unidos à Igreja e assumem a obrigação de defender a fé por palavras e ações, como verdadeiras testemunhas de Cristo” (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB).
“Bem cedo, para melhor significar o dom do Espírito Santo, acrescentou-se à imposição das mãos uma unção com óleo perfumado (crisma). Esta unção ilustra o nome de ‘cristão’, que significa ‘ungido’ e que deriva a sua origem do próprio nome de Cristo, ele que ‘Deus ungiu com o Espírito Santo’(At 10,38). Este rito de unção existe até os nossos dias, tanto no Oriente como no Ocidente. Por isso, no Oriente, este sacramento é chamado Crismação, unção om Crisma, ou mýron, que significa ‘crisma’. No Ocidente, o termo Confirmação sugere que este sacramento, ao mesmo tempo, confirma o Batismo e consolida a graça batismal” (Catecismo da Igreja Católica, verso 1289).
“Por isso, a confirmação produz crescimento e aprofundamento da graça batismal:
- enraíza-nos mais profundamente na filiação divina, que nos faz dizer ‘abba, Pai’ (Rm 8,15);
- une-nos mais solidamente a Cristo;
- aumenta em nós os dons do Espírito Santo;
- torna mais perfeita nossa vinculação com a Igreja;
- dá-nos uma força especial do Espírito santo para difundir e defender a fé pela palavra e pela ação, como verdadeiras testemunhas de Cristo, para confessar com valentia o nome de Cristo e para nunca sentir vergonha em relação à cruz” (Catecismo da Igreja Católica, verso 1303).

Obs: os que têm o Catecismo da Igreja Católica ler do verso 1285 ao 1311.

1 de dezembro de 2008

Os Catequistas do Crisma





Allan Fantinato Silva
Natural de Guarapari
Data de nascimento: 10 de Setembro
Email: allanfantinato@gmail.com











Claudeci Pereira Neto
Natural de Guarapari
Na comunidade também faz parte do Grupo de Casais
Data de nascimento: 27 de Maio
Email: claudecineto@hotmail.com















Darlene Glória Pereira
Natural de Guarapari
Na comunidade faz parte apenas do Crisma
Data de nascimento: 22 de Maio
Email: darlenegp@oi.com.br














Renan Fantinato Silva
Natural de Guarapari
Data de nascimento: 10 de Setembro
Email: r.fantinato@homail.com